O arcebispo brasileiro de Porto Alegre dom Jaime Spengler toma posse neste sábado, 7, como cardeal nomeado pelo papa Francisco. Ele está na lista dos 21 novos cardeais da Igreja Católica. Entre os religiosos empossados, cinco são latinos incluindo dom Jaime.
As nomeações aumentam a influência de Francisco no grupo que elegerá o seu sucessor e ampliam o espaço da agenda de reformas do líder católico. A cerimônia de posse dos novos cardeais será às 12h (horário de Brasília), na Basílica de São Pedro, no Vaticano.
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Jaime Spengler é presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), órgão que reúne o episcopado brasileiro. Ele se tornará o oitavo cardeal brasileiro, o sétimo com direito a votar na escolha do próximo papa. Por ter mais de 80 anos, dom Raymundo Damasceno Assis, arcebispo emérito de Aparecida (SP), não é mais eleitor.
Uma das marcas de Francisco no período à frente do Vaticano tem sido priorizar a diversidade geográfica no colégio de cardeais. Incluindo os novos nomeados, os 253 cardeais são de 94 países, com aumento, desde 2013, de asiáticos, africanos e sul-americanos. Por outro lado, o papa argentino diminuiu a presença europeia, principalmente de italianos.
Quem é dom Jaime, o 8ª cardeal brasileiro
Nascido em Gaspar (SC), o futuro cardeal dom Jaime Spengler entrou na Ordem dos Frades Menores em 1982. Foi ordenado sacerdote em 1990 e nomeado bispo auxiliar em 2010. Em 2013, foi nomeado arcebispo de Porto Alegre pelo papa Francisco. Desde 2023, é presidente da CNBB e do Conselho Episcopal da América Latina e do Caribe (Celam).
Em entrevista ao Estadão, o arcebispo avaliou como “positiva” a discussão em setores da Igreja Católica sobre o celibato clerical, voto realizado por padres para que permaneçam castos e não se casem. “Certamente é positivo, pois implica a necessidade de ainda maior determinação no estudo e aprofundamento do tema”, disse o religioso.
“A expectativa é poder responder à altura àquilo que o papa pedia no final de sua alocução: que os nomeados, confirmando sua adesão a Cristo, ‘me ajudem no meu ministério de Bispo de Roma para o bem de todo o povo santo de Deus'”, afirmou o presidente da CNBB sobre a nomeação para cardeal.
À Folha de S.Paulo, dom Jaime relatou a forma como recebeu a notícia, em 6 de outubro: “Terminei a leitura de um livro no quarto onde estava e de repente o meu celular começa a disparar: ‘parabéns’, ‘sucesso’, ‘coragem’. Eu respondi: ‘Não é meu dia de aniversário’. E aí me disseram que o papa tinha citado meu nome na praça de São Pedro, na oração do Angelus”, disse o religioso. “Eu fiquei sem chão. Fiquei quieto, até me recompor da surpresa.”
Cardeais brasileiros
- D. Jaime Spengler, 64 — Arcebispo de Porto Alegre, criado cardeal em 2024
- D. Paulo Cezar Costa, 57 — Arcebispo de Brasília, cardeal desde 2022
- D. Raymundo Damasceno Assis, 87 (não eleitor) — Arcebispo emérito de Aparecida (SP), cardeal desde 2010
- D. Leonardo Ulrich Steiner, 74 — Arcebispo de Manaus, cardeal desde 2022
- D. Sérgio da Rocha, 65 — Arcebispo de Salvador, cardeal desde 2016
- D. Orani João Tempesta, 74 — Arcebispo do Rio de Janeiro, cardeal desde 2014
- D. João Braz de Aviz, 77 — Prefeito do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, na Cúria Romana, cardeal desde 2012
- D. Odilo Pedro Scherer, 75 — Arcebispo de São Paulo, cardeal desde 2007
Se é presidente da CNBB, já sabemos do que se trata. É mais um “progressista” para juntar-se ao time que apoia o papa “progressista” que está destruindo a Igreja Católica. Esse jaime é partidário do discurso das mudanças climáticas, do rito amazônico, de padres casados, etc., etc. Mais um a ajudar na extinção do catolicismo. Saudades dos tempos de João Paulo II e de Bento XVI.