O Reino Unido vai iniciar um estudo com milhares de voluntários sobre a eficácia de uma terceira dose de vacinas contra a covid-19. O intuito do reforço da imunização é ampliar a proteção contra as variantes do coronavírus e evitar o colapso no sistema de saúde devido a uma possível nova onda de infecções no próximo inverno.
No total, o estudo deve englobar cerca de 2,8 mil pessoas que já realizaram a vacinação completa no Reino Unido, ou seja, todos que receberam duas doses da vacina da Pfizer/BioNTech ou da Oxford/AstraZeneca. Para os testes, a terceira dose não precisará ser necessariamente do mesmo laboratório que as outras duas, e pode ainda ser um placebo, no caso do participante ser do grupo controle.
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A terceira dose de reforço que será aplicada nos voluntários poderá ser de um dos sete imunizantes selecionados para o estudo: Oxford/AstraZeneca; Pfizer/BioNTech; Moderna; Janssen; Novavax; Valneva; e CureVax. Após a aplicação, os participantes serão testados para a avaliação dos níveis de anticorpos e o eventual aumento da imunidade.
“A esperança do reforço é aumentar os níveis de anticorpos o suficiente para cobrir as cepas existentes e variantes do coronavírus”, disse o professor Saul Faust, diretor do NIHR Southampton Clinical Research Facility e investigador-chefe do estudo, em reportagem ao jornal britânico The Guardian.
Os resultados devem ser divulgados até o final de agosto e serão usados pelo Comitê Conjunto de Vacinação e Imunização (JCVI) do Reino Unido para traçar novas políticas públicas de proteção contra a covid-19.
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