Uma reunião entre autoridades de mais de 40 países, que aconteceu no sábado 5 na Arábia Saudita, para o fim da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, terminou “sem avanços” significativos.
A informação foi dita por alguns participantes do encontro à agência de notícias AFP. Outros encontros bilaterais ainda são esperados para este domingo, 6.
O intuito da Ucrânia era conseguir o apoio de nações emergentes, como o Brasil, a Índia, a África do Sul e a China. Todas essas nações se posicionaram contra a guerra, mas não apoiaram diretamente o país governado por Volodymyr Zelensky.
Segundo o presidente ucraniano, na reunião, eles discutiram a “fórmula da paz”, composta por dez pontos e apresentada por ele próprio em novembro de 2022. A proposta de Zelensky visa o fim do conflito com a Rússia. O Kremlin, no entanto, não foi convidado para o encontro.
Entre as exigências do presidente da Ucrânia estão a retirada das forças russas de seu território e a restituição da península da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014.
Durante seu discurso, o assessor para assuntos internacionais do presidente Lula, Celso Amorim, disse que “qualquer negociação real” deve “incluir todas as partes”.
“Ainda que a Ucrânia seja a maior vítima, se realmente queremos a paz, temos que envolver Moscou de alguma forma neste processo”, explicou Amorim.
Leia também: “A guerra na Ucrânia faz trágico aniversário”, reportagem publicada na Edição 153.
