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A cidade de Vuhledar, na região de Donetsk, foi quase totalmente destruída (13 de fevereiro de 2023) | Foto: Kostiantyn & Vlada Liberov
Edição 153

A guerra na Ucrânia faz trágico aniversário

Um ano depois, lições tardias e irremediáveis de um conflito que o Ocidente ainda não entendeu

Flavio Morgenstern
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Um ano após a invasão russa na Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro de 2022, temos ainda mais perguntas do que respostas. A “guerra de Putin” poderia ser o prelúdio de uma Terceira Guerra Mundial, com a mobilização da Otan, ou um confronto localizado, como apostavam algumas figuras, tanto favoráveis quanto críticas da política externa do presidente norte-americano Joe Biden. Mas o conflito ucraniano, além de fazer o mundo conhecer Volodymyr Zelensky, aponta caminhos incertos — ou certamente lúgubres. E não apenas para os dois grandes países eslavos. 

Desde o ataque ao World Trade Center, em 2001, os Estados Unidos estão sendo questionados — muitas vezes, à custa de milhares de vidas — em seu papel de “polícia do mundo”, além de guardião da democracia liberal — e salvaguarda de um sistema internacional sólido, seja em relações bancárias, seja na burocracia imigratória. A guerra na Ucrânia está sendo o vórtice do qual a América não consegue escapar para manter o seu papel. Até o momento, a quantidade de erros cometidos por líderes ocidentais supera e muito qualquer possibilidade de acerto. Se é que há algum acerto a ser contado. 

Presidente Volodymyr Zelensky se encontra com o presidente dos EUA, Joe Biden, no Salão Oval da Casa Branca, em Washington, DC, em 21 de dezembro de 2022 | Foto: Salma Bashir Motiwala/Shutterstock

Uma falha histórica 

A Ucrânia, de certa forma, é mais antiga do que a Rússia — ao menos do que entendemos como Rússia moderna. Kiev, inclusive, já foi capital do Império Russo. Uma “Grande Rus”, unindo a maioria dos “grandes” povos eslavos (a Rússia atual seria apenas o núcleo da Grande Rus, evocada no passado), está entre os mitos fundadores do poderio de Vladimir Putin. Um gigantesco império de vasta extensão, imenso poderio militar e, o melhor, com a retomada da burocracia e do aparato repressivo da KGB, além das operações internacionais. 

Uma das grandes confusões é que parte dos ucranianos também acredita na mesma Grande Rus — inclusive no papel de uma mítica oligarquia de Kiev. A Ucrânia consegue a façanha de estar à frente da Rússia em corrupção — e, numa realidade que os brasileiros entendem bem, com um apoio quase religioso de uma população nem sempre consciente. Menos ainda que creia em conceitos da elite ocidental, como “democracia” ou, como está na moda, “aquecimento global” ou ideologias woke similares. Para confundir ainda mais a questão, os russos — e os ucranianos — não dividem a política, a ideologia e os próprios termos da mesma maneira que os ocidentais. A direita e a esquerda ucranianas, por exemplo, têm críticas ao Ocidente e um discurso por vezes nacionalista. Tentar compreender a questão com conceitos ocidentais é algo como chamar o PCO de “extrema direita” por suas críticas à ideologia progressista. Por isso testemunhamos, nos últimos anos, tantas acusações de que existam vários grupos de “extrema direita” na Ucrânia, que muitas vezes são… russófilos. Ou que o Twitter do PT no Senado tenha apoiado a invasão de Putin tão logo ela tenha ocorrido — para, a seguir, apagar disfarçadamente o tuíte.  

Foto: Reprodução

Russos e ucranianos mantêm laços históricos como irmãos que se odeiam — e que são mutuamente dependentes. Na região portuária da Crimeia, palco de uma guerra que chegou a mobilizar França e Inglaterra no século 19, é comum que as pessoas se considerem mais russas do que ucranianas, inclusive utilizando o russo como língua franca para negócios e cultura.  

O governo Bush, ainda em 2008, anunciou abertamente seus planos para incluir a Ucrânia e a Geórgia, duas ex-repúblicas soviéticas, na esfera de influência da Otan. Geograficamente, ter poderio nestes países pode representar mesmo o fim da hegemonia russa: se Napoleão e Hitler perderam guerras para o inverno russo, ter bases militares, principalmente porta-aviões, “ao redor” de Moscou, capazes de atingir alvos e voltar sem grandes custos, pode significar que a imensa proteção natural russa estaria por um fio. A geopolítica russa, principalmente como definida pelo “cérebro de Putin”, o filósofo Aleksandr Dugin, é a separação entre potências continentais, como a Rússia, e as potências navais, como os Estados Unidos e a Inglaterra. 

Foto: Reprodução

Numa cúpula da Otan em Bucareste, ainda em 2008, a delegação norte-americana afirmou que a Geórgia e a Ucrânia “irão se tornar” membros da Otan. Tanto a ex-chanceler alemã Angela Merkel quanto o então presidente francês, Nicolas Sarkozy, avisaram a administração Bush das consequências. Da perspectiva de Putin, avisou Merkel: “Isso seria uma declaração de guerra”. Naquele mesmo ano, a “Guerra dos Cinco Dias” ou “Guerra de Agosto” entre Rússia e Geórgia eclodiu. Na verdade, como William Burns, então embaixador norte-americano em Moscou, avisou a Condoleezza Rice: “Dos corredores escuros do Kremlin ao mais liberal dos críticos de Putin, ninguém discorda de que a entrada da Ucrânia na Otan seria algo além de um desafio aos interesses russos”.  

Putin sabe que não pode comprar uma guerra maior do que a ucraniana, que já lhe custa todos os recursos, o prestígio e o espírito heroico de sacrifício de seu povo

A região, que nunca foi plenamente pacífica, teve uma tensão diante do espelho muito maior nos últimos 15 anos. A língua russa foi proibida em público em 2014 — um momento de rearranjo da região. Neste ano, a Ucrânia viu-se dividida entre a possibilidade de um “acordo de associação” com a União Europeia ou de um tratado com a própria Rússia. Os russos, além da proximidade cultural, ofereceram US$ 15 bilhões para a Ucrânia. O presidente Viktor Yanukovych preferiu o acordo com os russos. A partir desta assinatura que foram consolidados os protestos da “Primavera Laranja”, famosa por ser retratada no documentário Winter on Fire. O “detalhe” que o documentário não mostra é o extensivo apoio financeiro norte-americano que os protestos tiveram. Os gastos norte-americanos para influenciar a política ucraniana ultrapassaram US$ 5 bilhões, segundo um discurso de Victoria Nuland, então porta-voz do Departamento de Estado.  

Documentário Winter On Fire | Foto: Reprodução

A Ucrânia como espectadora 

A reação russa é tratada como uma loucura pela administração Biden, mas, como Polônio observando Hamlet, podemos dizer que, se é loucura, há método nela. Os norte-americanos estavam financiando a desestabilização de um regime, afinal — uma acusação curiosa, já que a última moda norte-americana é acusar outros países de “desestabilização democrática”. O governo Yanukovych, como todo governo ucraniano desde a Guerra Fria, era corrupto. O que ele tinha de tão drasticamente diferente era ter sido, mal ou bem, democraticamente eleito. Boa parte dos russos — e não apenas os defensores de Putin — encarara os protestos, que terminaram com Yanukovych fugindo de helicóptero do país, como subversão e revolta financiadas pelos EUA. Se os termos da moda no Ocidente são fake news e “desinformação” (não raro, “desinformação russa”), a acusação russa aos norte-americanos era idêntica, ao menos dois anos antes de os termos terem sido criados na América para explicar a eleição de Donald Trump. Sem surpresas, o sucessor de Yanukovych era o preferido dos lobistas norte-americanos. De fato, eleições na região não são definidas por pautas ocidentais de esquerda ou de direita, e sim por qual será o grande bloco a dar as cartas: o ocidental ou os russos. Uma postura que já ultrapassa alguns séculos. 

A ajuda norte-americana também contou com mísseis teleguiados e inteligência para fazer da Ucrânia uma potência antirrussa — principalmente em regiões marítimas, como Donbass, um dos epicentros do conflito. Se vociferar contra a “falta de democracia” parecia fácil, o lobby norte-americano na Ucrânia envolveu uma outra atividade um pouco mais complexa e discutível.  

O tumultuoso 2014 terminou com os Tratados de Minsk, que, além de visarem a alguma autonomia linguística e cultural, previam que os armamentos deveriam retroagir até 15 quilômetros das fronteiras.  

Negociações no formato da Normandia, em Minsk (fevereiro de 2015): Alexander Lukashenko, Vladimir Putin, Angela Merkel, François Hollande e Petro Poroshenko participam das negociações sobre um acordo para a situação na Ucrânia | Foto: Wikimedia Commons

Mísseis, tanques e psicologia de botequim 

O entendimento de Putin, ao observar a Crimeia tornando-se ocidentalizada (o mesmo que vem ocorrendo com a Polônia e a Romênia, onde a Otan aumenta seu poderio sem disfarce), foi tratar a “violação” do Acordo como casus belli — e entraremos numa zona nebulosa para determinar se armas de longo alcance não previstas no acordo violam os termos. Em vez de observar uma mudança cultural — e militar — gigantesca passivamente, Putin invadiu a Crimeia, em 2014. Uma “anexação” talvez seja um termo melhor, já que não houve perdas de vidas no processo. 

Com vários dos países da região governados por oligarcas obedientes a Moscou, e tendo Kiev um governo de tendências ocidentalizantes e negociando abertamente para fazer parte da Otan bem no quintal de Putin, o palco estava armado — literalmente, e com muito armamento e dinheiro ocidental — para transformar a Ucrânia em uma fortaleza disputada. Não foi exatamente uma surpresa que a tensão entre Ucrânia e Rússia escalonasse para o campo militar — até o próprio guru de Zelensky, o polímata Oleksii Arestovych, trata a questão como “inevitável”. O curioso é que a Ucrânia parece interessar aos norte-americanos quase que pelo território (negócios escusos das famílias Biden e Clinton à parte): o verdadeiro agente são os Estados Unidos, embora sejam os ucranianos que carreguem fuzis. 

Nada pode ser mais sintomático da alienação ocidental em relação às suas próprias políticas desastrosas na região do que a declaração da administração Biden assegurando seu comprometimento com “as populações especialmente vulneráveis” na invasão russa: “mulheres, crianças, pessoas lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e intersexuais (LGBTQI+) e pessoas com deficiências”. O secretário de Estado, Antony Blinken, garantiu que as sanções norte-americanas teriam “consequências maciças, sem precedentes”, e que o “colapso” russo era iminente. 

Essas declarações, aliadas à cultura woke dominante no Ocidente, mostram a idée fixe dos líderes ocidentais para lidar com questões maiores do que seus horizontes de consciência: focar toda a interpretação dos eventos geopolíticos unicamente na figura de Vladimir Putin. O erro não fica circunscrito à beautiful people de Manhattan — até intelectuais como Francis Fukuyama só fazem repetir a mesma litania. Putin, então, seria um louco e irracional — esta é a única forma de explicar a força de um presidente autoritário, de um regime naturalmente autoritário. Putin é, afinal, quem mais permitiu liberdade, inclusive econômica e de expressão, talvez em todo o histórico russo.  

Um militar ucraniano em Bakhmut, na região de Donetsk. A cidade do leste se tornou a linha de frente mais ativa e violenta na guerra da Rússia contra a Ucrânia. Na parede, está escrito “Amor”. (14 de fevereiro de 2023) | Foto: Konstantyn & Vlada Liberov

A leitura é tentadora: parece explicar muito, sem o grande trabalho de tentar entender uma região do mundo tão diferente de nós. Melhor ainda, fomenta narrativas progressistas contra o “machismo” ou abstrações que o valham. Mas não é capaz de explicar o mínimo sobre as movimentações no tabuleiro — e sem entender como seu adversário se move, é quase impossível ganhar o jogo. 

Se pouco ou nada mudou na geopolítica das administrações Bush, Obama e mesmo Trump, a chegada de Biden foi um tumulto para os diplomatas de ponta a ponta. Biden quer uma política muito mais agressiva para desestabilizar o regime de Putin — e o establishment norteamericano pôde ainda ignorar o isolacionismo de Trump —, poderíamos dizer, quase pacifista — e acusá-lo por anos de “conluio com os russos” por falas desastradas —, mas também por não buscar uma guerra.  

O risco de uma Terceira Guerra 

A aposta de Biden é que pode fortalecer um dos lados do conflito sem custos de vida norte-americanos. É o que se chamava de tertius gaudens: quem ganha quando dois outros estão se digladiando. De fato, a história do envolvimento militar norte-americano desde a Primeira Guerra é exatamente essa. Mas a história muda — e a tecnologia, e a geopolítica. A Ucrânia, nesse sentido, pode se tornar um atoleiro maior do que o Vietnã — e mudar completamente o peso da América no tabuleiro geopolítico mundial. O preço norte-americano em vidas foi quase nulo — mas o preço da influência norte-americana na região parece garantir apenas uma vitória de Pirro, se muito. 

Os movimentos militares russos são confusos. Atacam em enxames, desnorteando o inimigo — é assim desde o Império, valendo-se sempre de seu imenso tamanho e possibilidade de mobilização de tropas terrestres. Abandonam territórios importantes repentinamente. Usam material de segunda mão durante um ataque, para logo em seguida usar material de ponta quando as tropas inimigas baixam a guarda. Ou seja, até o momento, é impossível saber quem, afinal, está ganhando a guerra. 

Os ucranianos hoje possuem artilharia antiaérea e são capazes de atacar até mesmo alvos marítimos russos com treinamento — e dinheiro — norte-americanos. A crença do deep State norte-americano, contudo, é que a tecnologia permitiu ataques sem precisar de um soldado presente. Contra-atacar significaria contra-atacar todo o arcabouço norte-americano. O maior problema é o escalonamento, tal como na crise dos mísseis: se a única coisa que você pode fazer é apertar o botão vermelho, por que não apertar? Ainda mais tendo a China logo atrás. 

Se a Primeira Guerra começou por um assassinato na Bósnia, e a Segunda pela definição da nacionalidade dos alemães nos Sudetos, ambas com crises diplomáticas que duraram mais de um mês, pode ser que apenas estejamos testemunhando uma gigantesca “crise diplomática” de um ano — e que o verdadeiro conflito ainda esteja por vir.  

O que corrobora o risco desse escalonamento são as apostas recentes de ambos os lados, que parecem já querer apertar os botões vermelhos. Biden anunciou armamentos para a Ucrânia, mesmo ignorando o maior desastre ambiental da história norte-americana, que pode significar um desastre eleitoral — sem que norte-americanos vejam com bons olhos enviar mais recursos e ajuda militar para uma guerra que ainda não entenderam. Já a China, segundo o Pentágono, parece estar disposta a ajudar a Rússia militarmente. Exatamente o cenário mais temido por todos — como se a Ucrânia já fizesse parte da Otan, e conseguisse mobilizar todo o Ocidente em sua causa.  

Mas há algo que afasta a possibilidade. Putin sabe que não pode comprar uma guerra maior do que a ucraniana, que já lhe custa todos os recursos, o prestígio e o espírito heroico de sacrifício de seu povo. A invasão da Ucrânia foi feita com 190 mil homens. Os oficiais soviéticos que tentaram — e falharam — dominar a cidade de Kharkov, em 1942, foram 170 mil — em quatro batalhas na Segunda Guerra. Kharkov foi apenas uma de várias cidades no caminho de Stalingrado — para lembrar que a Ucrânia, ponto de disputa entre Hitler e Stalin, sempre foi um dos locais mais violentos do planeta.  

Ademais, seria insano ignorar o potencial militar norte-americano — sendo uma potência naval, perde muito menos em vidas num conflito —, que possui um orçamento militar 12 vezes maior do que o russo. É claro que a Rússia tem um histórico de seis séculos derrotando inimigos com tecnologias mais avançadas — mas a realidade é sempre mais custosa do que a abstração. 

Leia também “Salve o planeta. Elimine a humanidade”

7 comentários
  1. Luis Ricardo Zimermann
    Luis Ricardo Zimermann

    Apesar de vários pontos interessantes, o artigo é confuso e tenta cobrir mais temas do que o espaço permite.

  2. Luiz Antônio Alves
    Luiz Antônio Alves

    Muito bom texto. Para analisar profundamente qualquer episódio que gera conflitos e guerras às vezes temos que analisar 50, 70 ou 100 detalhes (variáveis, pontos, ítens). Assim, fiquei curioso para saber sua opinião com outros “detalhes”, quem sabe de menor importância, mas presentes nesta situação caótica. 1) por que existem províncias separatistas e se os rebeldes têm obtidos resultados na guerra; 2) aqui no ocidente pobre pouco se conhece a história daquela região do planeta; 3) a genealogia apresenta contrastes, pois uma parte da população é russa ou se considera russa e isto é demonstrado até mesmo na rivalidade entre times de futebol dentro da própria Ucrânia; 4) pouco se discutiu sobre a divisão da antiga URSS que gerou a partilha entre vários países com a cobertura da OTAN e da ONU, pois um exemplo clássico foi o que aconteceu com a antiga Ioguslávia que hoje compreende 5 países. Esses “povos” era inimigos históricos e foi imposta uma união que não deu certo e logo-logo entraram em combate para novas divisões territoriais, incluindo genocídio. E toda região tem o mesmo modelo de antigos povos que tinham inimigos por toda a parte; 4) Putin recebeu um pedido de socorro de algumas províncias e tentou ajudá-los porque eram frequentemente atacados pelos ucranianos, onde hove morte de civis, bombardeio de escolas, hospitais, etc. A imprensa ocidental também tem uma narrativa para esconder esses fatos e só anunciam os bonbardeios russos. 5) Zelenski já havia sido derrotado nas eleições estaduais e municipais e estava em baixa; 6) alguns setores ucranianos sempre foram a favor do nazismo que combateu os russos. Tem mais. Mas, você conhece mais e logicamente saberia explicar melhor a situação. Putin pensou que a OTAN e os EUA não entraria na guerra e não conseguiu terminá-la no curto prazo. As narrativas, enfim, dominam o mundo de forma a confundir até mesmo o Papa.

    1. José Carlos
      José Carlos

      Muito boa sua análise.

  3. Silas Veloso
    Silas Veloso

    Brilhante análise dessa guerra estúpida. Só uma sugestão: evitar termos estrangeiros no texto. Idée fixe, por exemplo e outros, desnecessários

  4. Andre mendonça
    Andre mendonça

    Esse articulista é inteiramente pró Putin. A culpa da guerra é da Ucrânia, assim como a culpa de um crime é a existência da vítima…

    1. Volodymyr Putin
      Volodymyr Putin

      Analfabeto funcional detectado.
      As vítimas são os dois “irmãos que se odeiam”.
      Os algozes são os “tertius gaudens”: quem ganha quando dois outros estão se digladiando.
      Leia de novo.

  5. Agnelo A. Borghi
    Agnelo A. Borghi

    Uma verdadeira aula de geopolítica. Grande Flavio.

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