A Rússia pode invadir a Ucrânia, se assim desejar. Esse alerta partiu dos Estados Unidos (EUA) aos seus aliados europeus.
A operação poderia ocorrer no começo de 2022, elevando a tensão entre os dois países. A informação foi passada pela Inteligência americana e vazado à agência de notícias Bloomberg, que publicou uma reportagem na segunda-feira 22.
No sábado 20, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, voltou a afirmar que os EUA têm “sérias preocupações em relação às atividades militares incomuns da Rússia em sua fronteira com a Ucrânia”.
O alarme tem fundamento na movimentação de tropas russas em regiões a cerca de 300 quilômetros das fronteiras ucranianas, desde o começo do mês. Kiev informou que há cerca de 100 mil soldados mobilizados.
O Kremlin reiterou que não tem intenção de atacar o vizinho. Na segunda-feira 22, divulgou uma nota contestando os EUA. “Os americanos estão pintando um quadro assustador de hordas de tanques russos que irão começar a esmagar cidades ucranianas. Os burocratas americanos estão assustando a comunidade global”, comunicou o texto.
De seu lado, o governo do presidente Volodimir Zelenski realiza exercícios militares em torno de Kiev desde domingo 21, simulando ataques aerotransportados na área de Jitomir. Na semana passada, usou munição real em manobras perto da fronteira da Crimeia.
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Tensão se arrasta desde 2014
A tensão entre a Rússia e a Ucrânia se estende desde 2014, quando os russos tomaram a Crimeia, e vem ganhando força com a repentina concentração militar russa nas proximidades da fronteira com o país vizinho.
O interesse de Moscou na Ucrânia se deve a uma série de elementos. O país domina o Mar Negro, região estratégica do ponto de vista político-geográfico, e tem a base naval de Sebastopol, a única capaz de acolher e dar logística à completa frota de navios da Rússia no Mar Negro.
Se a Ucrânia não tivesse abandonado seu arsenal nuclear, isso não estaria acontecendo.
O Putin quer as fronteiras da antiga URSS, sob seu comando. Que malvado! A região merece uma pitada de paz.