O chanceler adjunto da Rússia, Alexander Grushko, disse que a relação do país com a Otan (aliança militar ocidental) está chegando à “hora da verdade”, segundo a rede Al Jazeera.
A declaração ocorreu nesta terça-feira, 11, um dia depois do reinício de negociações entre Washington e Moscou sobre o futuro da Ucrânia.
Diplomatas de alto escalão dos Estados Unidos e da Rússia recomeçaram negociações na última segunda-feira, 10. Eles trataram das tensões envolvendo a expansão da Otan para o leste e a possibilidade de entrada da Ucrânia na aliança.
Atualmente, 100 mil militares russos estão posicionados próximo do território ucraniano. Mas Moscou afirmou não ter intenção de atacar o país vizinho, embora não descarte a ação militar. Washington, por sua vez, reiterou as advertências sobre eventual invasão.
“Não é exagero dizer que a hora da verdade está chegando em nossas relações com a aliança”, disse Grushko a agências de notícias russas.
O vice-ministro do Exterior da Rússia, Serguei Ryabkov, descreveu as conversas de segunda-feira como difíceis.
Contudo, afirmou que a postura dos Estados Unidos não foi surpreendente. “Algumas ameaças ou avisos foram apresentados”, revelou. “Explicamos aos nossos colegas norte-americanos que não temos planos de atacar a Ucrânia. Não há razão para temer algo nesse sentido.”
Segundo a vice-secretária de Estado dos EUA, Wendy Sherman, o diálogo foi franco e direto. Nessa conversa, Washington rejeitou as propostas de segurança feitas por Moscou. “Deixamos bem claro que é muito difícil ter uma diplomacia construtiva, produtiva e bem-sucedida sem que haja algum recuo”, afirmou.
Isso porque a Rússia exigiu que a Otan retire tropas da Polônia, dos países bálticos e de outras nações que entraram no tratado após 1997.
Por isso, a posição russa é considerada inaceitável pelo governo norte-americano e as negociações seguem em um impasse.
Tensão
Assim, as potências ocidentais temem que a concentração de tropas russas perto da fronteira com a Ucrânia possa levar a uma invasão. Isso já ocorreu em 2014, na Crimeia.
Desde que a Rússia anexou a Crimeia, em resposta à deposição do presidente pró-Kremlin, Viktor Yanukovich, a Ucrânia tem lidado com constantes conflitos internos envolvendo grupos separatistas.
Eu sou filho e neto de ucranianos, estou do lado da Ucrania. FORA RUSSIA!
Também estou do lado da Ucrânia. Este país ja sofreu de mais na mão dos comunistas e em 2014 quando a Crimeia foi anexada, fora os movimentos separitistas financiados pela Rússia. A Ucrânia não merece passar por isso outra vez.