A polícia russa prendeu mais de duas mil pessoas que protestavam contra a invasão da Ucrânia neste domingo, 27. Cerca de 50 cidades da Rússia registraram protestos pela retirada de militares do território vizinho.
Em Moscou, agentes agrediram os manifestantes e usaram bombas de efeito moral para dispersar a multidão. Segundo informou a agência de notícias Reuters, há jornalistas entre os detidos pela polícia.
Também em São Petersburgo milhares de pessoas foram às ruas se manifestar contra a invasão da Ucrânia pela Rússia. À força, a polícia desmobilizou uma corrente de pessoas de mãos dadas, que gritavam palavras de ordem.
A lei russa estabelece que protestos precisam de uma autorização. O documento tem de ser apresentado com pelo menos 10 dias de antecedência. Manifestantes sem autorização podem resultar em multas pesadas e prisão.
Os atos de hoje coincidiram com o sétimo aniversário do assassinato do político Boris Nemtsov, ex-vice-primeiro-ministro do país — crítico de Putin, ele denunciava casos de corrupção no governo e espionagem do governo.
Os dados referentes às prisões de hoje foram computados pelo monitor OVD-Info. Dirigido por pessoas não ligadas ao governo, o índice informou que, desde o início dos protestos na Rússia, 5,5 mil pessoas já foram detidas.
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