Os 367 passageiros, incluindo oito crianças, foram salvos pelos 12 tripulantes do voo JAL-516 da Japan Airlines, em uma ação rápida. Eles evacuaram com segurança antes que o avião se transformasse em uma bola de fogo depois de colidir com uma aeronave menor da Guarda Costeira do Japão. O acidente aconteceu em Tóquio nesta terça-feira, 2.
Especialistas em aviação de todo o mundo elogiaram a tripulação por realizar um “trabalho incrível” e promover a evacuação “milagrosa” em poucos minutos.
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Eles destacam a conjunção de três fatores fundamentais:
- o piloto que interrompeu com segurança o avião em chamas;
- a tripulação que seguiu o protocolo de segurança; e
- os passageiros que deixaram suas bagagens para trás, permitindo “uma evacuação exemplar, conforme as normas”.
Saiba como foi o protocolo de segurança seguido pelos comissários de bordo
Segundo relatos dos passageiros, as cenas de terror começaram quando perceberam que o motor havia pegado fogo segundos após o pouso no Aeroporto de Haneda, por volta das 17h47, no horário local.
Enquanto os passageiros, “petrificados”, segundo relatos, observavam as chamas lamberem as janelas da aeronave e a cabine se enchia de fumaça, os comissários de bordo da JAL “mantiveram a calma” e recorreram aos “detalhes de seu treinamento de segurança”.
De acordo com a companhia aérea, as quase 400 pessoas a bordo do Airbus A350 desembarcaram em menos de 20 minutos.
Mesmo com o avião em chamas no “nariz”, o piloto conseguiu parar a aeronave enquanto ela deslizava. Nesse momento, o sistema de som já estava danificado, e a tripulação emitiu calmamente instruções através de megafones.
Os passageiros foram orientados a permanecer sentados até o momento de serem direcionados aos escorregadores de evacuação.
Das saídas de emergência, apenas três da parte da frente do avião foram usadas. As portas do meio e de trás da aeronave ficaram danificadas com a colisão. Solicitou-se a todos os passageiros que deixassem suas bagagens de mão para trás.
Quando os bombeiros chegaram para começar a combater as chamas, a tripulação já havia acionado os escorregadores de evacuação e retirado os passageiros.
Investimento em treinamento para as equipes
A JAL intensificou os treinamentos de segurança da tripulação após um incidente em 1985, quando um avião da companhia colidiu com uma montanha devido a uma falha técnica. Naquela ocasião, apenas quatro das 524 pessoas a bordo conseguiram se salvar.
Foram mais de seis horas para conseguir extinguir o incêndio nas aeronaves. Cinco dos seis tripulantes da aeronave menor morreram. Apenas o piloto sobreviveu, mas está internado em estado grave.