A população de Israel se escondeu em abrigos públicos (bunkers), nesta terça-feira, 1º, depois de o Irã atacar o país com centenas de mísseis. Devido ao histórico de conflitos com países vizinhos, autoridadades israelenses criaram leis que exigem a construção desses espaços antibomba.
O ataque do governo iraniano contribui para a escalada do conflito entre Israel e o grupo terrorista Hezbollah, no Líbano. A maior parte da ofensiva atingiu a capital Tel-Aviv.
Segundo o Ministério de Defesa do país judaico, aproximadamente 1,5 milhão de bunkers estão espalhados por todo o território.
No ano de 1951, três anos depois da criação do Estado de Israel, o país aprovou uma legislação que obriga todas as construções do país a terem abrigos antibombas. A determinação atinge a iniciativa pública e privada.
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No começo, chamava-se bunker toda a construção no subsolo destinada a proteção de pessoas. Com o tempo, passou a ser um abrigo qualquer espaço destinado a defesa do grupo.
A escalada de novos conflitos, como a Guerra do Golfo e o uso de armas químicas pelo Iraque, forçou o aprimoramento das instalações.
A lei de 1951 determinou que todas as construções deveriam equipar o abrigo com porta reforçada, suprimentos e sistema de ventilação.
Por mais que a legislação exija um espaço com essas condições em todos os imóveis, pessoas que moram próximas umas das outras podem compartilhar o abrigo.
A instalação de um quarto de segurança em Israel
Além dos bunkers, o governo israelense determina que todos os prédios e casas tenham um quarto de segurança. Nos prédios deve haver um espaço desse por andar.
O cômodo de segurança recebe configurações diferentes do que o restante do imóvel. A parede deve ter 30 centímetro de espessura de concreto maciço. Esse reforço também deve ocorrer no chão e no teto do quarto de segurança.
A porta deve ser de metal, com travas que perfuram fortemente a parede. As janelas seguem o mesmo padrão. Neste abrigo, não pode ter objetos frágeis.
População deve ir até os bunkers em casos de ataque
Quando um míssel ou foguete passa pelo sistema de segurança de Israel, sirenes espalhadas pelo país começam a tocar. Neste momento, a população deve seguir, sem correr, em direção aos abrigos antibomba.
Depois que o alarme para de tocar, as pessoas devem ficar mais 10 minutos abrigadas no bunker.
O governo israelense também passou recomendações para as pessoas que não conseguem acessar um abrigo de segurança durante o ataque.
Na ocasião, a sugestão é de que o cidadão procure cômodos com o menor número de paredes externas. Buscar refúgio na escadaria do prédio também é uma opção.
Caso a pessoa esteja no carro durante o ataque, autoridades recomendam a saída imediata do carro. Depois disso, ordena que as pessoas deitem no chão e cruzem os braços atrás da cabeça.
Gabriel de Souza é estagiário da Revista Oeste. Sob supervisão de Anderson Scardoelli
O Gabriel está melhorando…