Segundo o Relatório Setorial da Defesa, em 2023, o Brasil investirá R$ 124,4 bilhões em suas Forças Armadas. Contudo, 78,2% desse valor — aproximadamente R$ 98 bilhões — serão destinados apenas com despesas de pessoal. A partir disso foi feito um levantamento comparativo para de alguns países para saber quanto ganham os militares de cada nação. Acompanhe a lista:
- Estados Unidos:
País com maior orçamento militar do mundo, segundo o Global Fire Power, os Estados Unidos gastaram no último ano US$ 761,6 bilhões em Defesa. O comandante do Exército mais poderoso do planeta é o General James McConville. Veterano das guerras do Iraque e do Afeganistão, ele tem vencimentos mensais de pouco menos de US$ 17 mil (R$ 80 mil, na cotação atual), além dos auxílios disponibilizados pelo exercício do cargo.
- Brasil:
O comandante do Exército brasileiro, general Tomás Paiva, tem um salário líquido de R$ 24.495. Ele acumula também a remuneração de R$ 16.883 referentes à função comissionada CCX 011.8 de Comando da Força terrestre. Ao todo, o general quatro estrelas recebe R$ 41.378.
- Argentina:
Na Argentina, o problema causado pela inflação que, apenas esse ano, já passou dos 100%, faz com que os reajustes dos salários dos generais do exército tenham se tornado constantes. Atualmente, o chefe do Estado-Maior do Exército, maior autoridade argentina na pasta da Defesa, o tenente-general Guillermo Olegario Gonzalo Pereda receba 539.450 pesos argentinos — que nas conversões mais populares equivaleria a US$ 2.500, ou R$ 12.400. Valor bem abaixo dos recebidos por outros representantes militares.
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- Chile:
O comandante-em-chefe do Exército do Chile, Javier Iturriaga, autoridade máxima das Forças Armadas do país, tem um salário maior em comparação ao seu vizinho argentino. Ele recebe 5.371.056 pesos chilenos. Apesar da abundância aparente, o valor equivale a US$ 6800, ou R$ 33.700, em moeda brasileira. O valor deixa o general chileno em terceiro lugar geral no ranking.
- Cuba:
Na ilha caribenha, as informações não são confiáveis, afinal a ditadura daquele país não fornece dados ao público que possam ser comparados — sendo eles do exército ou não. Segundo uma publicação da agência de notícias AFP, o salário máximo pago a trabalhadores cubanos era de aproximadamente R$ 2 mil. É de se supor que no decorrer deste período o houve reajustes nos soldos, mas não há nada confirmado.
- México:
Na hierarquia militar mexicana, o posto mais alto é o de general de divisão. O atual ocupante do cargo, general García Rincón, recebe o salário de 111 mil pesos mexicanos. Esse valor seria o equivalente a U$ 6.100, ou R$ 31 mil. A Secretaria da Defesa Nacional do México contabiliza 14 escalões abaixo do secretário de Defesa, a mais alta autoridade militar local.
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- Venezuela:
O grau militar máximo das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas é o de general ou almirante chefe. Atualmente esse cargo é ocupado pelo ministro da Defesa do ditador Nicolás Maduro, Vladimir Padrino López, em conjunto com o comandante operacional estratégico Remigio Ceballos Ichaso.
Os números da Venezuela são confusos e quase totalmente escassos dada à falta de transparência promovida pelo governo Maduro. Em uma publicação feita em 2020 pelo portal argentino Infobae, um militar de alto escalão venezuelano recebe, em média, entre 8.959.200 e 9.012.000 bolívares. Na época, isso equivalia a pouco mais de US$ 7, ou aproximadamente R$ 85. No entanto, os números estão severamente defasados, pois no ano seguinte a Venezuela cortou seis zeros da sua moeda corrente.
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Pelo menos no Brasil, ganhar uma grana para bater continência para um ladrão é um disparate! Receber um soldo pago pelos que foram traídos é uma abominação, é não ter carácter, nem vergonha na cara.
Tá aí o motivo que este comandante não está nem aí para o povo brasileiro ou para a nação. Só pensa na carreira e nos cifrões. Dane-se o povo e o próprio país.
Problema: os salários dos militares brasileiros não são elevados em relação ao funcionalismo público federal, nem ao porte econômico do país. O orçamento da Defesa é que deve ser aumentado para diminuir-se o percentual gasto com a folha de pagamento e aumentar-se a capacidade de custeio e investimento em material e serviços das atividades-fim. Um país “continente” como o Brasil, com riquezas que despertam a cobiça internacional, não pode viver de idealismo e relegar a sua defesa a um segundo plano. Um dia a conta chega e não será barata.
É muito dinheiro pra pintor de meio-fio. Aliás, todo o orçamento da União é pra pagar cabides de emprego. 😠