As empresas pelo mundo acumulam prejuízos de mais de US$ 60 bilhões (R$ 300 bilhões) em suas operações na Rússia, segundo uma análise dos balanços financeiros e da documentação oficial das companhias divulgado pelo jornal econômico Dow Jones Newswires, no domingo 12.
Quase mil empresas ocidentais se comprometeram a sair ou reduzir as operações na Rússia, depois de o país ter invadido a Ucrânia, segundo pesquisadores da Universidade de Yale.
Muitas vêm revendo o valor que contabilizavam para essas operações, já que o enfraquecimento da economia local e a falta de compradores interessados têm tornado ativos antes valiosos em algo praticamente sem valor. Quando o valor do ativo cai, as empresas que seguem os padrões internacionais de contabilidade precisam incluir nos balanços encargos pela deterioração, ou baixas contábeis.
Até agora, as baixas incluíram todo tipo de setor, desde bancos e cervejarias até fábricas, varejistas, restaurantes e empresas de navegação — e até uma fabricante de turbinas eólicas e uma firma florestal.
Muitas vêm revendo o valor que contabilizavam para essas operações, já que o enfraquecimento da economia local e a falta de compradores interessados têm tornado ativos antes valiosos em algo praticamente sem valor. Quando o valor do ativo cai, as empresas que seguem os padrões internacionais de contabilidade precisam incluir nos balanços encargos pela deterioração, ou baixas contábeis.
O gigante McDonald’s projeta encargo contábil entre US$ 1,2 bilhão e US$ 1,4 bilhão, depois de ter acertado a venda de suas lanchonetes na Rússia para um licenciado local.
A Exxon Mobil contabilizou encargo de US$ 3,4 bilhões, depois de suspender as operações de um projeto de petróleo e gás no extremo oriente da Rússia.
A cervejaria Anheuser-Busch InBev teve encargo de US$ 1,1 bilhão, após vender sua participação numa joint-venture na Rússia.
Algumas empresas também deram baixa contábil em ativos que ficaram presos na Rússia. Em maio, a firma irlandesa de arrendamento de aviões AerCap Holdings assumiu um encargo contábil de US$ 2,7 bilhões, o que incluiu a baixa no valor de mais de cem aviões que ficaram no país. As aeronaves foram arrendadas a empresas aéreas russas. Outras empresas de leasing contabilizam impactos similares.
Por sua vez, algumas empresas estão presumindo que não receberão nada de suas operações na Rússia, mesmo antes de terem encerrado os planos para deixar o país.
O encargo contábil de US$ 25,5 bilhões da petrolífera britânica BP em suas operações na Rússia anunciado em maio incluiu uma baixa de US$ 13,5 bilhões relativa às ações na produtora de petróleo Rosneft. A empresa não informou como ou quando pretende desfazer-se de seus ativos na Rússia.
Mesmo algumas empresas que estão mantendo presença na Rússia deram baixa contábil em ativos. Em abril, o gigante francês do petróleo TotalEnergies assumiu encargo de US$ 4,1 bilhões no valor de suas reservas de gás natural, citando o impacto das sanções ocidentais contra a Rússia.
Em resumo, um tiro no pé.
ou seja.. todos perdem
O mundo empresarial, ao menos teóricamente não deveria se confundir com o mundo político, cada um tem lá seus interesses. Além do mais, nunca se sabe a extensão do estrago feito na economia a partir de uma ação dessa natureza. Então é isso, agora a economia que ficou para depois, está cobrando o seu preço. Danem-se.