A postura da Organização das Nações Unidas (ONU) diante dos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro tem causado incômodo na comunidade judaica. Entidades representativas, como a Federação Israelista do Estado de São Paulo (Fisesp) já há tempos deixaram as palavras amenas ao se referir à instituição internacional.
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“O secretario-geral da ONU [António Guterres] tomou partido nesta guerra, ele só se preocupa com uma das partes”, afirmou Ricardo Berkienzstat, presidente-executivo da entidade. “Guterres tem dado declarações estapafúrdias, poderia interceder junto à Cruz Vermelha em relação aos reféns, e não está tomando atitudes em prol do lado de Israel, somente está vendo um lado neste conflito.
Depois do encerramento da trégua na guerra com o Hamas, no início de dezembro, 137 reféns capturados em Israel ainda estão sob controle do grupo terrorista.
O dirigente da Fisesp deu suporte às declarações de Maurice Schneider, nascido no Peru, tio de Shiri Bibas e tio-avô do bebê Kfir Bibas e de seu irmão Ariel, reféns dos extremistas em Gaza. Outro familiar, Yarden Bibas, marido de Shiri, também está sequestrado.
Schneider disse que a Cruz Vermelha não tem demonstrado nenhum interesse em se informar sobre a situação dos reféns. Berkienzstat prosseguiu com as críticas à ONU, da qual a Assembleia-Geral aprovou nova resolução de cessar-fogo na Faixa de Gaza nesta terça-feira 12. Ele também não livrou a Cruz Vermelha da responsabilidade.
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“A Cruz Vermelha tem que fazer o que fez em todas as guerras, que possa ter acesso aos reféns, possa ver se eles estão sendo alimentados, se os remédios estão sendo dados.”
“O Michel [refém] é diabético e não tem remédio para diabetes para ele, ou seja, ele está há 53 dias sem tomar o remédio dele de diabetes, ele tem Crohn. Michel tem Crohn [inflamações no intenstino], tem um nenê de meses lá, será que ele está sendo alimentado? Esse é o papel da Cruz Vermelha em todas as guerras, é poder visitar, é se preocupar.”
Movimentos feministas
Até agora, segundo Berkienzstat, não houve nenhum movimento da Cruz Vermelha, do Crescente Vermelho (movimento integrado à Cruz Vermelha) e da ONU em relação à preocupante situação dos reféns.
“Absolutamente nenhum movimento. Isso nos deixa muito tristes como cidadãos”, observou.
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Ele também fez queixas aos movimentos feministas, que, conforme afirmou, não partiram em defesa das mulheres estupradas pelo Hamas durante os ataques.
“Movimentos feministas e outros esqueceram, talvez por serem judias, as meninas que foram estupradas, elas parecem não merecer a atenção dessas organizações internacionais”, desabafou o presidente da Fisesp.
“Nós cobramos todas, todas, sem exceção, todas as entidades ligadas ao tema, e a resposta sempre foi saindo pela tangente. Ah, é uma coisa internacional, não dá pra gente dizer, não dá o quê?”.
Ele prosseguiu, em tom indignado.
“As meninas foram estupradas, degoladas na festa, tem vídeos, tem provas que os próprios terroristas fizeram, não é suficiente. Então são dois pesos e duas medidas, sempre há uma hora que a gente chega ao limite.”
Que vergonha hein Guterrez ?
Vai deixar a ONU com uma péssima imagem. Pior do que já tem.
Que os judeus se preparem para enfrentar a ralé amoral desse mundo. Que se armem até os dentes e não esperem que outros os defendam. Povo admirável, nunca mais permitirão um novo holocausto.
Movimentos feministas só se manifestam se for pra LUCRAR, ops, LACRAR!