O mais novo presidente da Argentina, Javier Milei, já avisou que os próximos meses serão terríveis para os argentinos, em uma tentativa de se blindar daquilo que está por vir: uma possível inflação de até 30% ao mês e o aumento da pobreza.
+ Leia mais notícias do Mundo em Oeste
O problema é que os salários foram congelados e não acompanharão os preços, uma ação deliberada para forçar a queda do consumo e a circulação de moeda. Tal combinação será um teste de fogo para o presidente, que se declara um libertário.
Na terça-feira 12, o ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, anunciou um pacote de dez medidas para conter o déficit e evitar a hiperinflação. A principal delas foi a desvalorização de 55% do peso, que teve reflexo imediato nos preços: os supermercados já começaram as remarcações, com reajustes acima de 20% nos alimentos.
Leia mais:
Logo depois do anúncio, as centrais sindicais acusaram o governo de Milei de “não cortar da casta, mas do povo”. Assim, sindicatos convocaram protestos em massa para 20 de dezembro, dia em que a Argentina relembra o massacre da Plaza de Mayo, a onda de protestos durante a crise econômica de 2001.
A ministra da Segurança, Patricia Bullrich, anunciou um novo protocolo de ações das forças de segurança, prometendo reprimir as manifestações. Entre as medidas está o uso da força para a liberação de espaços públicos, como ruas, avenidas e estradas. Todos os manifestantes que participarem de atos considerados ilegais serão identificados e processados.
Milei na mira da oposição argentina
A oposição a Milei, contudo, não se mostrou intimidada pelas novas regras, chamadas de “repressoras”. “É uma espécie de estado de sítio”, disse Eduardo Belliboni, líder de um grupo de piqueteiros que prometeu mobilizar 50 organizações sociais para protestar contra o novo governo argentino, que tomou posse em 10 de dezembro. “Não queremos a paz dos cemitérios”, afirmou Gabriel Solano, dirigente do Partido Operário.
Nesta semana, autoridades de Buenos Aires, capital da Argentina, ameaçaram não aplicar o protocolo de Bullrich nas ruas da cidade, alegando que o Executivo federal não teria jurisdição local. Segundo o secretário de Segurança de Buenos Aires, Diego Kravetz, o governo local trabalhará com uma “lógica própria” para manter a ordem e o direito de manifestação.
Leia também: “Milei e o fantasma de Perón”, artigo de Theodore Dalrymple publicado na Edição 193 da Revista Oeste
E mais: “A aposta na liberdade”, por Ubiratan Jorge Iorio
Revista Oeste, com informações da Agência Estado
Não é coincidência que sindicatos são ligados à esquerda, como toda e qualquer movimentação que tenta impedir o desenvolvimento livre da sociedade com menores participações do Estado. Pessoas incapazes, descansadas e absolutamente produtivas, necessitam viver, caso não se autodesignem como artistas (todos nós somo livres e possíveis para tanto), e daí tirar algum do privado ou do público para sobrevivência, se juntam em classes, onde o sindicalista é uma delas, para fazer com que o Estado regule suas atividades laborais. Como são de esquerda, o contrassenso existe, na medida em que retiram recursos da produção, passam a exigir mais recursos compulsórios para si. Loucura!
Acredito que uma dada civilização, seja ela qual for, tem sua elite, no exato sentido que os sindicatos argentinos se referem erroneamente à palavra “casta”, mas essa classe social (sinônimo de “casta”) tem de existir mesmo, para que o estado não usurpe dos direitos individuais. Enquanto nossa sociedade for extratificada teremos um estado menos interferente na vida do indivíduo.
Quanto a isto os sindicatos se calam e até são coniventes com a CORRUPÇÃO para a formação de um estado totalitário. Esta sim, deveria ser combatida em qualquer nível social.
Os argentinos precisam entender que o remédio para salvar a Argentina do caos econômico será amargo, muito amargo! Mas a população argentina também tem total responsabilidade sobre a situação econômica atual. Afinal de contas, foi o povo que sistematicamente votou em candidatos populistas, que sempre evitaram aplicar esses remédios amargos para não perderem voto!
Agora, é tudo ou nada. Se Milei não tiver o apoio da população, o futuro do país será cada vez mais sombrio.
Milei vai enfrentar um governo parecido com o de Bolsonaro, com esse bando de peronistas fanáticos. E a terra do tango, passional ate mais não poder. Que pena! Eles também não aprendem.
A esquerda arruína o país, acaba com os empregos destruindo a economia, gera inflação, miséria, criminalidade, etc. Quando a sociedade compreende e elege um candidato de direita, que vai colocar o país nos trilhos, vem a esquerda e se opõe. Para a esquerda só a esbórnia interessa.