A sonda da China Chang’e 6 decolou com sucesso da Lua, com amostras do lado oculto do satélite terrestre. “Trata-se de um feito inédito na exploração espacial”, informou a imprensa estatal do país, nesta terça-feira, 4.
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A Administração Espacial Nacional da China (CSNA) não revelou como a missão deve prosseguir. No entanto, a sonda continuará em órbita lunar por algumas semanas, antes de iniciar o retorno à Terra no fim deste mês.
Segundo a agência espacial chinesa, a missão superou o teste de temperatura elevada no lado oculto da Lua. Ge Ping, porta-voz da missão, disse que a análise das amostras coletadas permitirá aos cientistas “aprofundar a pesquisa sobre a formação e evolução histórica da Lua”.
Ambições espaciais da China
Desde que chegou ao poder, o presidente chinês, Xi Jinping, promove o “sonho espacial” do país asiático. Pequim destinou enormes recursos na última década para reduzir a distância para as duas potências tradicionais do setor, Estados Unidos e Rússia.
A Chang’e-6, batizada com o nome da mítica deusa lunar chinesa, foi lançada em 3 de maio deste ano da Província de Hainan, no sul da China. A sonda pousou no último sábado, 1º, no horário de Brasília, em uma cratera chamada Apollo.
Exploração do lado oculto da Lua
Uma bandeira nacional chinesa foi hasteada pela primeira vez no lado afastado da Lua. A Chang’e-6 coletou amostras neste local, onde as crateras não estão tão cobertas por antigos fluxos de lava, como no lado mais próximo da Terra.
O governo norte-americano afirma que o programa aeroespacial da China esconde objetivos militares e pretende estabelecer o domínio do país asiático no espaço.
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Os Estados Unidos também querem retomar as missões tripuladas à Lua em 2026, com a missão Artemis 3.
Futuro das missões lunares
A missão Chang’e-6 é parte do renovado interesse pela Lua, para onde a China deseja enviar astronautas em 2030 e planeja construir uma base espacial.
Os cientistas consideram que o lado afastado da Lua tem um grande potencial para a pesquisa. Ainda de acordo com Ge Ping, a análise das amostras coletadas também fornecerá informações sobre “a origem do Sistema Solar, com uma base aperfeiçoada para missões de exploração posteriores”.