Aos 81 anos, Thomas Thabane é suspeito de participar do assassinato da sua esposa dois dias antes de tomar posse para um segundo mandato em 2017
Acusado de estar envolvido com o assassinato da sua esposa em 2017, o primeiro-ministro do Lesoto — um pequeno reino no sul da África — Thomas Thabane disse que vai renunciar ao cargo após anos de pressão.
Em 2017, em meio a um processo de separação, a esposa de Thomas, Lipolelo Thabane, foi encontrada morta com o celular do seu marido ao seu lado. O crime aconteceu dois dia antes de Thabane assumir o segundo mandato na chefia do governo do país.
“Para mim não é um assunto fácil de lidar, porque uma mulher que era a minha esposa e que eu amava foi assassinada. Eu não mato pessoas e eu não mataria a minha esposa”, afirmou o primeiro-ministro para a agência de notícias AFP.
A saída de Thabane, que deve ser confirmada pelo parlamento no dia 22, encerrando anos de crise politica no país. A coalizão que sustentava o seu governo rachou graças à pressão da África do Sul, país que cerca todo o território do Lesoto.
O ministro das finanças, Moeketsi Majoro, deve assumiu o cargo de primeiro-ministro.
Os opositores de Thabane no parlamento afirmaram que vão continuar lutando para que ele não consiga nenhuma forma de imunidade e que a apuração da morte da sua esposa possa continuar.
Ao completar 81 anos duas semanas atrás, Thabane afirmou que já era hora de se retirar e que pretende agora voltar a ler obras de William Shakespeare, escrever um livro de memórias e servir como ministro na igreja evangélica que participa.