A China já tem condições de fazer um bloqueio aeronaval em Taiwan, além de cortar as linhas de comunicação com os Estados Unidos e potências aliadas do arquipélago. O diagnóstico está no Relatório de Defesa Nacional 2021, um documento publicado a cada dois anos pelo Ministério da Defesa em Taipei.
Na papelada, é citado o aumento do número de foguetes a serviço dos chineses, com mísseis balísticos e de cruzeiro aptos a atingir alvos taiwaneses: “As Forças Armadas chinesas conseguem bloquear nossos portos e aeroportos críticos, rotas aéreas de saída e impactar o influxo de nossos suprimentos”.
O documento também detalha a cooperação militar com os norte-americanos, revelada pela presidente Tsai Ing-wen no fim de outubro e que gerou mal-estar com o secretário-geral do Partido Comunista chinês, Xi Jinping. Nos últimos dois anos, 2,8 mil militares dos dois lados participaram de 380 programas.
Em outubro, a tensão entre os dois governos atingiu um de seus picos históricos, com Pequim promovendo a maior onda de incursões aéreas contra as defesas de Taiwan já registrada. Além de manter a Força Aérea da ilha em estado de estresse constante, as operações visam a simular rotas de bombardeio.
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Taiwan deveria desenvolver imediatamente armamentos nucleares, caso contrário será invadida. O mesmo vale para o Brasil com relação à Amazônia.