O telescópio James Webb, da Nasa, registrou uma imagem da NGC 346, a maior e mais brilhante região de formação estelar da galáxia, que pode ajudar a descobrir a origem do universo. As imagens foram divulgadas, na quarta-feira 11, durante a 241ª Conferência da American Astronomical Society, em Seattle, nos Estados Unidos.
A formação estelar capturada pelo Webb está localizada na Pequena Nuvem de Magalhães (SMC, sigla em inglês), galáxia anã a uma distância de quase 200 mil anos-luz da Terra e próxima da Via-Láctea, notável por não conter metais mais pesados que o hidrogênio e o hélio.
What was star formation like in the early universe? One way to study conditions in the distant past is to find parallels close by. That's why Webb took a look at star-forming region NGC 346 within our neighboring dwarf galaxy: https://t.co/6HK4jbQiwR #AAS241 pic.twitter.com/XNH3HDCzjC
— NASA Webb Telescope (@NASAWebb) January 11, 2023
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A SMC foi sondada pelos astrônomos por suas condições e quantidade de metais semelhante a galáxias durante a era do “meio-dia cósmico”, auge da formação de estrelas que ocorreu há mais de 10 bilhões de anos. Com as imagens do James Webb, os astrônomos descobriram mais de 33 mil estrelas jovens embutidas na nebulosa NGC 346.
Segundo Margaret Meixner, astrônoma da Associação Universitária de Pesquisa Espacial e investigadora principal da equipe, “uma galáxia durante o meio-dia cósmico não teria um NGC 346 como a Pequena Nuvem de Magalhães; teria milhares de regiões de formação” de estrelas como esta. “Mas, mesmo que o NGC 346 seja agora o único aglomerado massivo formando estrelas furiosamente em sua galáxia, ele nos oferece uma grande oportunidade de sondar as condições que existiam no meio-dia cósmico.”
Com a observação de protoestrelas em processo de formação, os pesquisadores podem descobrir se a Via-Láctea tem um processo diferente ao da SMC.