A reunião de emergência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), realizada nesta quarta-feira, 2, foi marcada por uma intensa troca de acusações entre os países presentes. O objetivo principal do encontro era encontrar uma solução para o conflito entre Israel e o Irã, mas os acontecimentos subsequentes mostraram uma escalada na tensão.
O confronto entre Israel e o Irã teve início depois dos ataques de Israel ao Hezbollah no Líbano. Na madrugada de quinta-feira, as forças israelenses lançaram novos ataques a solo libanês com uso de mísseis balísticos.
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Nas primeiras horas desta quinta-feira, 3, uma nova explosão de grandes proporções ocorreu em Beirute, atingindo um centro médico ligado ao Hezbollah. Pelo menos cinco pessoas morreram e 11 ficaram feridas, segundo o Ministério da Saúde libanês. Israel também relatou a morte de oito soldados.
A ofensiva de Israel contra o Hezbollah no Líbano já causou mais de mil mortes em dez dias, conforme informações do Ministério da Saúde libanês. Desde que os confrontos começaram, a ONU estima que mais de 1,7 mil pessoas foram mortas no Líbano desde outubro do último ano, obrigando 346 mil pessoas a deixarem suas casas.
Troca de acusações entre Israel, Líbano e Irã
Durante a reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, na quarta-feira 2, houve uma troca de acusações entre Israel e o Líbano. O objetivo era buscar uma solução para a tensão entre Israel e o Irã, mas a situação se agravou.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou sobre a escalada da violência durante a reunião de emergência. “O ciclo de violência está levando o povo do Oriente Médio direto para o precipício.”
A União Europeia condenou o ataque iraniano. “Condeno veementemente o ataque de mísseis balísticos lançado ontem pelo Irã contra Israel”, afirmou Ursula von der Leyen.
O embaixador de Israel, Danny Danon, declarou que “as consequências que o Irã enfrentará por suas ações serão muito maiores do que ele jamais imaginaria”.
O posicionamento de Israel foi defendido pela embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield. “O regime iraniano será responsabilizado por suas ações”, afirmou.
O representante iraniano, Amir Saied Iravani, respondeu: “O Irã está totalmente preparado para, se necessário, tomar medidas defensivas adicionais”.
O embaixador do Líbano, Nuhad Mahmud, também criticou a ofensiva de Israel. “Crianças no sul de Beirute estão dormindo nas ruas”, disse. “Isso não pode mais ser tolerado.”