Nesta quinta-feira, 13, Moscou anunciou que suas tropas retomaram o controle de uma cidade estratégica na região de Kursk, localizada dentro do território da Rússia. O presidente Vladimir Putin afirmou que é necessário considerar a criação de uma zona de segurança ao longo da fronteira.
A declaração levanta especulações sobre possíveis intenções de expansão territorial na região vizinha de Sumy, na Ucrânia. Esse avanço ocorre em meio a negociações para um cessar-fogo de 30 dias, depois de a Ucrânia ter aceitado uma proposta mediada pelos Estados Unidos.
Em agosto de 2024, a Ucrânia realizou uma incursão que resultou na primeira ocupação estrangeira em solo russo desde a Segunda Guerra Mundial, com o objetivo de usar o controle da região como uma vantagem em futuras negociações de paz.
Movimentações para o cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia

A aceitação do cessar-fogo pela Ucrânia apresenta ao Kremlin um dilema, já que os militares russos atualmente detêm uma posição vantajosa no conflito. Em resposta, Washington retomou o envio de ajuda militar para a Ucrânia, reforçando o apoio ao país aliado.
Steve Witkoff, enviado especial dos EUA para o Oriente Médio, seguiu para Moscou para discutir o cessar-fogo. Além disso, ele já havia se envolvido em negociações anteriores que resultaram na libertação do norte-americano Marc Fogel, preso na Rússia desde 2021.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ressaltou que a resolução do conflito agora depende da aceitação da trégua pela Rússia, alertando sobre a possibilidade de novas sanções caso o país não coopere.
Posicionamento do governo Putin
Yuri Ushakov, conselheiro de política externa de Putin, expressou cautela em relação ao cessar-fogo, sugerindo que ele poderia resultar apenas em uma pausa temporária para as forças ucranianas. Ele defendeu a importância de um acordo duradouro que considere os interesses russos.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, declarou que ainda não há negociações em andamento, por isso seria inadequado discutir detalhes publicamente neste momento. Autoridades norte-americanas esperam que a Rússia cesse os ataques à Ucrânia nos próximos dias, à medida que as negociações de paz avançam.
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