O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump recusou o convite para testemunhar no julgamento de impeachment no Senado na próxima semana. O principal assessor do republicano, Jason Miller, afirmou que o magnata norte-americano não vai depor “em um processo inconstitucional”. Os advogados que apresentarão a defesa do ex-presidente, Bruce Castor e David Schoen, classificaram o convite como uma “manobra de relações públicas”.
O pedido para Trump testemunhar foi feito pelo democrata Jamie Raskin, que foi designado como um dos responsáveis pela acusação contra o republicano. “À luz da contestação destas alegações factuais, escrevo para convidá-lo a dar um depoimento sob juramento, seja antes ou durante o julgamento de impeachment no Senado, a respeito de sua conduta em 6 de janeiro de 2021”, escreveu o progressista. “Se recusar este convite, nós nos reservaremos todo e qualquer direito, inclusive o direito de estabelecer no julgamento que sua recusa em testemunhar corrobora uma forte inferência adversa em suas ações (e inação) em 6 de janeiro de 2021”, asseverou Jamie Raskin.
O ex-presidente está sendo acusado de “incitação à insurreição” que levou à invasão do Capitólio por manifestantes. O impeachment foi aprovado pela Câmara dos Deputados em 13 de janeiro e será julgado pelo Senado entre 8 e 11 de fevereiro. Para que ele seja condenado, é preciso que uma maioria simples de dois terços da Casa vote a favor da acusação.
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