Com a aproximação da eleição presidencial dos Estados Unidos (EUA) em 2024, do dia 5 de novembro, as atenções se voltam para a disputa acirrada entre Kamala Harris, atual vice-presidente, do Partido Democrata, e Donald Trump, ex-presidente, pelo Partido Republicano.
+ Leia mais notícias de Mundo em Oeste
No mercado de títulos, as taxas de juros são um reflexo direto das expectativas econômicas e políticas que permeiam o cenário eleitoral. Os investidores monitoram de perto as movimentações eleitorais, já que mudanças nas políticas econômicas podem impactar significativamente a rentabilidade dos títulos.
Taxas mais altas costumam indicar previsões de inflação ou crescimento econômico acelerado. No entanto, taxas mais baixas podem sinalizar expectativas de desaceleração econômica.
O que sugere o mercado
Enquanto as pesquisas de intenção de voto mostram um empate técnico entre a candidato democrata e o republicano, um movimento no mercado de títulos da dívida pública dos Estados Unidos, conhecidos como Treasuries, indica que os investidores apostam na vitória de Donald Trump nas eleições dos EUA de 5 de novembro.
Leia também: “Gringos já trabalham com o dólar a R$ 6,50”, reportagem de Carlo Cauti publicada na Edição 241 da Revista Oeste
Nos últimos 30 dias, as taxas dos Treasuries tiveram aumento significativo. As taxas dos títulos com vencimento em 2 anos subiram de 3,61% para 4,16%. Já as taxas dos títulos com vencimento em 10 anos foram de 3,78% para 4,35%.
Esse aumento reflete que os investidores exigem um retorno maior para emprestar dinheiro ao governo dos EUA. Isso ocorre porque o mercado vê a proposta de Trump de reduzir a arrecadação fiscal como a mais provável de ocorrer — o que poderia impactar a capacidade do governo de honrar seus pagamentos de dívida.
Dívida pública dos EUA: propostas de Kamala e Trump
A dívida pública é um dos temas centrais no debate econômico dos EUA. O déficit crescente levanta preocupações sobre a sustentabilidade fiscal do país e afeta diretamente a confiança dos investidores.
Um aumento na dívida pode resultar em desvalorização da moeda e elevação das taxas de juros. Além disso, pode limitar a capacidade do governo de implementar políticas públicas eficazes sem sobrecarregar o Orçamento.
Leia mais: “Por que o dólar não para de subir?”, reportagem de Carlo Cauti publicada na Edição 240 da Revista Oeste
Kamala Harris propõe uma série de medidas fiscais que visam a fortalecer programas sociais e o sistema de saúde. Entre suas propostas está o aumento de investimentos em educação e saúde pública, bem como a implementação de políticas para reduzir a desigualdade socioeconômica.
Harris também destaca a importância de equilibrar o Orçamento, com ajustes fiscais que buscam aumentar a receita sem penalizar a classe média.
Leia também: “A mentira dos censores”, artigo de Ana Paula Henkel publicado na Edição 236 da Revista Oeste
Donald Trump, por sua vez, mantém seu foco em políticas que priorizam a economia e a segurança nacional. Suas propostas incluem o fortalecimento das forças armadas e a manutenção de uma política rigorosa de segurança nas fronteiras.
Trump também defende a redução de impostos como forma de estimular a economia, embora críticos argumentem que isso pode aumentar o déficit fiscal a longo prazo.