O tufão Saola avançou pela costa sul da China e continua a causar vários danos à cidade de Hong Kong. A passagem da tempestade cancelou centenas de voos, escolas e empresas fecharam partes do sul do país. Quase 900 mil pessoas estão em abrigos da região.
O Saola era classificado como um supertufão, mas foi rebaixado para o status de tufão. Ainda assim, ele continua equivalente a um furacão de categoria 4, com ventos atingindo 220 quilômetros por hora. A tempestade já atingiu partes do nordeste das Filipinas.
Em Hong Kong, as autoridades emitiram um alerta de nível mais alto para tufões, o T10, que foi ativado apenas 16 vezes desde a Segunda Guerra Mundial. O alerta ficou ativo durante várias horas, com algumas áreas com registros de rajadas de até 210 quilômetros por hora.
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Três pessoas ficaram feridas e foram levadas ao hospital em Hong Kong, segundo o Departamento de Serviços de Informação da cidade. Até o momento, houve sete casos de inundações, mas nenhum relato de deslizamentos de terra.
Fotos do olho do Tufão Saola impressionam
Imagens feitas por um avião do olho do tufão Saola mostram que a tempestade passa pelo chamado “efeito estádio”. Ele é causado como resultado das partículas de ar subindo em espiral dentro da parede do olho.
O movimento faz com que o diâmetro do olho se torne maior (ou mais largo) à medida que a altitude acima da superfície do oceano aumenta. Os registros são do Observatório de Hong Kong, que fez um voo de estudo para acompanhar o fenômeno da natureza.
A última vez que Hong Kong emitiu um alerta T10 foi em 2018, quando o tufão Mangkhut atingiu a cidade, derrubando árvores, provocando inundações e deixando 300 feridos. Seis pessoas morreram e a passagem da tempestade impactou a vida de mais de três milhões.