Documentos internos do Twitter, franqueados a jornalistas pelo dono da plataforma, Elon Musk, revelam que a empresa criou uma lista negra com nomes de perfis conservadores para que tivessem o alcance diminuído ou “sumissem” da plataforma. Os documentos foram divulgados na noite de quinta-feira 8, no perfil de Bari Weiss, do site The Free Press, que publicou uma série de tuítes com as revelações.
Bari Weiss publicou 30 tuítes, alguns com print de perfis ou de procedimentos internos da plataforma, que demonstram a censura a perfis conservadores. Sobre os perfis, havia tarjas, com inscrições como “trends blacklist (lista negra no trends)” ou “search blacklist (lista negra da busca)”.
“Uma nova investigação do Twitter Files revela que equipes de funcionários do Twitter constroem listas negras, evitam que tuítes desfavorecidos se tornem tendências e limitam ativamente a visibilidade de contas inteiras ou até tópicos de tendências — tudo em segredo, sem informar os usuários”, escreveu Bari, ao iniciar as postagens.
“Veja, por exemplo, o Dr. Jay Bhattacharya de Stanford, que argumentou que os bloqueios da covid prejudicariam as crianças. O Twitter o colocou secretamente em uma “lista negra de tendências”, o que impediu que seus tuítes se tornassem tendências. Outro exemplo foi o de Dan Bongino, apresentador de um talk show de direita, incluído na “lista negra de buscas”.
4. Or consider the popular right-wing talk show host, Dan Bongino (@dbongino), who at one point was slapped with a “Search Blacklist.” pic.twitter.com/AdOK8xLu9v
— Bari Weiss (@bariweiss) December 9, 2022
“O grupo que decidiu limitar o alcance de determinados usuários foi o Strategic Response Team – Global Escalation Team, ou SRT-GET. Costumava lidar com até 200 ‘casos’ por dia”, escreveu Bari. Segundo ela, existia outro grupo, secreto, composto de altos dirigentes da empresa. “Esse grupo secreto incluía o chefe de jurídico, política e confiança (Vijaya Gadde), o chefe global de confiança e segurança (Yoel Roth), os CEOs subsequentes, Jack Dorsey e Parag Agrawal, e outros”.
14. This secret group included Head of Legal, Policy, and Trust (Vijaya Gadde), the Global Head of Trust & Safety (Yoel Roth), subsequent CEOs Jack Dorsey and Parag Agrawal, and others.
— Bari Weiss (@bariweiss) December 9, 2022
A jornalista destacou que executivos da empresa, incluindo o esquerdista Vijaya Gadde, então chefe de política jurídica e confiança, haviam negado anteriormente que a empresa tivesse adotado uma postura de censura em relação a perfis conservadores.
Bari postou um print para demonstrar como a popular conta conservadora Libs of TikTok foi censurada pela plataforma. Havia, em cima da conta, uma tarja: “Não tome medidas sobre o usuário sem consultar o SIP-PES”, referindo-se à “Política de Integridade do Site, Suporte de Escalação de Política”.
16. One of the accounts that rose to this level of scrutiny was @libsoftiktok—an account that was on the “Trends Blacklist” and was designated as “Do Not Take Action on User Without Consulting With SIP-PES.” pic.twitter.com/Vjo6YxYbxT
— Bari Weiss (@bariweiss) December 9, 2022
É a segunda rodada de documentos que Musk — que havia prometido abrir a caixa-preta do Twitter — repassa a jornalistas. Na semana passada, repassou informações ao jornalista Matt Taibbi, sobre a censura da plataforma a publicações relativas à reportagem do The New York Post acerca do laptop Hunter Biden, filho do presidente norte-americano, Joe Biden, durante a eleição presidencial de 2020, e sobre como a plataforma removeu o conteúdo a pedido do Partido Democrata.
Parabéns, Musk! Se isso acontece nos EUA, imagine o que ocorre em países pobres…
A esquerda é podre no mundo todo, não só do Brasil!