O Exército ucraniano afirmou nesta segunda-feira, 25, ter matado o comandante da frota russa, Viktor Sokolov, em ataque realizado na sexta-feira 22 em Sebastopol na Península da Crimeia. A região, que é alvo de disputa entre Rússia e Ucrânia, dá acesso ao Mar Negro.
Sebastopol, sede da frota russa na região, é uma das maiores cidades da península, lugar onde as forças de Moscou realizaram anexações em 2014.
Segundo as forças especiais ucranianas sobre o conflito, “34 oficiais, entre eles o comandante das tropas russas no Mar Negro, morreram em consequência do ataque”.
Além dos oficiais, outras 105 pessoas ficaram feridas. De acordo com Kiev, o ataque também foi responsável pela destruição do prédio do quartel-general da Rússia na região.
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O Ministério da Defesa russo não confirmou a morte do comandante. Contudo, a Rússia afirmou, oficialmente, apenas que um militar estaria desaparecido, sem confirmar a alegação ucraniana quanto ao sucesso da operação.
Desta maneira, a Ucrânia reforça a sua estratégia de realizar ações defensivas em meio à guerra deflagrada em fevereiro de 2022. Assim, ao alegar que matou um comandante russo, Kiev tenta mostrar ao mundo que suas ofensivas possuem uma expressão reativa forte.
Quanto ao ataque ao quartel-general na rota do Mar Negro, os russos também se pronunciaram. As autoridades da Rússia confirmaram danos consideráveis nas estruturas no prédio.
O Instituto para o Estudo da Guerra (ISW, na sigla em inglês) confirmou que as forças ucranianas atacaram o 744º Centro de Comunicações do Comando da Frota do Mar Negro. Tal constatação se deu por meio de análise de imagens captadas via satélite pelo próprio instituto.
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Crimeia como uma região de disputa entre Ucrânia e Rússia
Até 2014, a região da Crimeia era parte do território ucraniano. Há nove anos, contudo, a península, onde fica a cidade de Sebastopol, foi anexada pela Rússia. Até hoje, a área é alvo de disputa entre os dois países.
A Crimeia tem sido um palco de disputas entre as duas partes devido ao posicionamento estratégico, de saída para o Mar Negro. Sem tal recurso, entretanto, a Rússia se encontra com saída apenas para águas frias (que congelam em determinadas épocas do ano), menos navegáveis e com operações mais complexas.
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