A Ucrânia, que ainda não apresenta um avanço significativo contra as forças russas, decidiu usar drones contra Vladimir Putin. Essa é a segunda vez em três dias que os militares ucranianos atacam pontos simbólicos de Moscou com drones de longa distância, segundo a Folha de S.Paulo. Navios russos no mar Negro também foram atacados.
O ataque
A ação ucraniana ocorreu na madrugada desta terça-feira, 1º, e, ainda segundo o jornal brasileiro, foi admitida apenas de forma indireta por Kiev. Os russos afirmaram que dois drones foram derrubados no subúrbio da capital Moscou, e um terceiro foi desabilitado por contramedidas eletrônicas — o veículo colidiu contra um prédio no distrito de Moscow-City.
O prédio alvo do drone ucraniano integra um complexo arquitetônico icônico da capital russa, é o único núcleo de arranha-céus de Moscou. É um edifício simbólico, porque está localizado no Centro Internacional de Negócios, também conhecido como Moskva-Citi — referência à City de Londres. Idealizado em 1992 como símbolo da Rússia pós-soviética, a construção tem a maior concentração de torres envidraçadas de toda a Europa.
“Estoicismo histórico dos russos”
Ninguém ficou ferido durante o ataque ucraniano. Na rede social X — o antigo Twitter —, o assessor presidencial da Ucrânia Mikhailo Podoliak, disse: “Moscou está rapidamente se acostumando a uma guerra total”. Por ora, no entanto, o impacto dos drones na Rússia é apenas psicológico — mas os ucranianos apostam nisso. Aleksander, um apoiador moderado da guerra contra Putin que começou em 2022, disse que os seus vizinhos têm um “estoicismo histórico dos russos”.
Sobre os ataques aos navios no Mar Negro, um sistema de vigilância foi anunciado com o objetivo de proteger a navegação em áreas internacionais. Nessa segunda-feira, sites de monitoramento de tráfego aéreo mostravam a presença de um avião-tanque, um aparelho de patrulha e guerra submarina e um drone de ataque norte-americano na região.