A União Europeia (UE) decidiu nesta quinta-feira, 20, aplicar novas sanções contra o Irã pelo fornecimento de drones à Rússia para uso na guerra da Ucrânia. De acordo com a República Tcheca, país que tem a presidência rotativa da UE, os líderes europeus decidiram congelar os bens de três indivíduos e de uma entidade.
No Twitter, a presidência tcheca afirmou que as sanções foram aprovadas “em tempo recorde”. “Depois de três dias de conversações, os embaixadores europeus concordaram sobre as medidas a aplicar às entidades que fornecem drones iranianos que atingem a Ucrânia.”
#COREPERII | ✅ #Iran #sanctions in record time! After 3 days of talks, EU ambassadors agreed on measures against entities supplying Iranian drones that hit #Ukraine. Written procedure is over, sanctions come into force this afternoon on publication in the Off. Journal. #EU2022CZ pic.twitter.com/Fjqaqz7mfj
— EU2022_CZ (@EU2022_CZ) October 20, 2022
“A União Europeia também está preparada para estender as sanções a mais quatro entidades iranianas que já constavam em uma lista anterior de sanções”, informou a presidência da UE.
Desde agosto, autoridades ucranianas acusam o Irã de fornecer drones Shahed-136, também chamados de “drones kamikaze”, ao Exército russo. No fim de setembro, a Ucrânia retirou as credenciais do embaixador iraniano em Kiev e anunciou uma redução significativa da presença diplomática iraniana, e a diplomacia ucraniana propôs ao presidente o corte de relações diplomáticas entre os dois países. Na segunda-feira, a Ucrânia acusou a Rússia de atacar Kiev com “drones kamikaze” de origem iraniana que atingiram um prédio residencial. Pelo menos três pessoas morreram.
Líderes europeus também têm repetido a acusação. Na segunda-feira 17, o chefe de Política Externa da Comissão Europeia, Josep Borell, tinha indicado que a União Europeia estava à procura de “evidências concretas” da participação do Irã na guerra na Ucrânia.
O governo iraniano nega qualquer interferência ou envolvimento nestes ataques. O porta-voz do Ministério iraniano dos Negócios Estrangeiros, Nasser Kanaani, disse que essas notícias, divulgadas por fontes ocidentais, têm motivação política e que o Irã “não está fornecendo armas a nenhum dos países em guerra”.
A Europa não passa de um continente totalmente decadente.