A União Europeia, os Estados Unidos e o Canadá condenaram a prisão do ativista russo Alexei Navalny, um dos principais opositores do presidente Vladimir Putin, e exigiram sua libertação imediata. Alguns representantes europeus defenderam sanções contra a Rússia.
Navalny foi detido logo após desembarcar em Moscou ontem, domingo 17, ao retornar ao país natal pela primeira vez desde que foi envenenado, na Sibéria, em agosto de 2020. Um juiz de Moscou determinou nesta segunda-feira, 18, trinta dias de prisão preventiva para o opositor.
O rival político de Putin chegou à Rússia vindo da Alemanha, onde passou os últimos cinco meses recuperando-se do ataque com um agente neurotóxico que ele atribuiu ao governo russo. O Kremlin, por sua vez, nega qualquer participação no envenenamento.
O ministro das Relações Exteriores alemão, Heiko Maas, classificou a detenção de “totalmente incompreensível” e pediu a Moscou a liberação imediata do ativista. “Navalny tomou a decisão consciente de retornar à Rússia porque vê o país como seu lar pessoal e político”, disse Maas.
“A Rússia está vinculada por sua própria Constituição e por compromissos com o princípio do estado de direito e a proteção dos direitos civis. Esses princípios também devem, naturalmente, ser aplicados a Alexei Navalny”, acrescentou o ministro alemão.
A Alemanha também exige que a Rússia investigue o envenenamento e leve os responsáveis à Justiça, disse Maas.
Leia também: “Navalny, opositor de Putin, é detido na Rússia”