Um de cada cinco jovens dos Estados Unidos (EUA) acredita que o Holocausto (assassinato em massa de seis milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial) não aconteceu. Ou seja, para 20% da juventude norte-americana, o genocídio em questão não passa de “mito”.
A pesquisa, realizada pela revista britânica The Economist em parceria com a empresa YouGov, incluiu 1,5 mil pessoas com idades de 18 a mais de 65 anos. Segundo o jornal britânico Daily Mail, os entrevistados tiveram de responder uma série de perguntas acerca do massacre que marcou o mundo.
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Por volta de 20% dos entrevistados que tinham de 18 a 29 anos concordaram com a afirmação “o Holocausto é um mito”. Essa parte do público ainda afirmou acreditar que o número de mortos foi exagerado.
Outros 30% do mesmo grupo de jovens disseram que não concordavam e nem discordavam da afirmação.
Dos entrevistados com idades de 30 e 44 anos, somente 8% concordaram que o Holocausto era um mito, juntamente com 2% das pessoas que tinham de 45 a 64 anos. No entanto, nenhum dos entrevistados com mais de 65 concordaram com a afirmação.
Preocupação com aumento de “antissemitismo” nos jovens dos EUA
De acordo com o Daily Mail, os resultados são vinculados a dados que mostram que 32% das pessoas de 18 a 29 anos recebe notícias do TikTok, rede social acusada de disseminar “desinformação e antissemitismo”.
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A revista The Economist relatou que “a mídia social pode desempenhar um papel”. A publicação citou uma pesquisa de 2022 do Pew Research Center, que descobriu que os norte-americanos com menos de 30 anos geralmente confiam no que veem nas plataformas digitais.
Segundo a publicação britânica, a pesquisa surge em meio a diversas preocupações sobre as universidades norte-americanas estarem transformando-se em terrenos férteis para o antissemitismo.
Tamanha é a preocupação, que o Congresso dos EUA teve de iniciar investigações sobre a Universidade Harvard, Universidade da Pensilvânia e o Massachusetts Institute of Technology, depois de seus respectivos reitores não proverem medidas contra estudantes que pediam “morte aos judeus”.
Infelizmente não há muito que se esperar da juventude discente, em particular os que militam em certas Universidades de renome. Nomes como Auschwitz, Maidanek, Sobibor, Treblinka, Riga e outros não serão esquecidos na história, pelo menos pela população pensante.
A mensagem é clara, os judeus não estão seguros em Harvard.