União Europeia corta ajuda financeira à Palestina

Depois dos ataques do Hamas, a União Europeia (UE) decidiu suspender, de forma imediata, a ajuda financeira para a Palestina até 2024. O anúncio foi do comissário europeu para Vizinhança e Alargamento, Olivér Varhelyi.

“Todos os pagamentos foram suspensos de forma imediata. Todos os projetos foram colocados em revisão. Todas as propostas orçamentárias, inclusive para 2023, adiadas até novo aviso”, declarou.

“A escala do terror é tão terrível. Não pode haver ‘negócios como sempre’.”

A decisão foi anunciada dois dias depois do grupo terrorista palestino Hamas ter realizado uma ofensiva-surpresa e sangrenta contra Israel.

Recursos à Palestina congelados

Com a medida da comissão europeia, braço executivo da UE, o congelamento afeta imediatamente um pacote de recursos financeiros destinado à Palestina no valor total de € 691 milhões (cerca de R$ 3,7 bilhões).

“As bases para a paz, a tolerância e a coexistência devem ser abordadas agora. A incitação ao ódio, à violência e a glorificação do terror envenenaram as mentes de muita gente”, advertiu Varhelvi.

“Precisamos de ação e precisamos dela agora.”

A UE é um dos maiores fornecedores de ajuda financeira aos territórios palestinos. Entre 2021 e 2024, o bloco pretendia alocar cerca de € 1,2 bilhão (em torno de R$ 6,5 bilhões) em investimentos para os palestinos, especialmente nas áreas de saúde e educação.

Nesta segunda-feira 9, o Ministério da Cooperação e Desenvolvimento Econômico da Alemanha também anunciou o congelamento de repasses para os palestinos.

“Está em análise, ou seja, suspenso temporariamente”, disse uma porta-voz.

Em 2020, a Alemanha transferiu € 193 milhões (cerca de R$ 1 bilhão) para gastos em ajuda humanitária e desenvolvimento econômico para áreas palestinas.

Apoio da Alemanha e Áustria a Israel

A Alemanha tem divulgado manifestações de solidariedade a Israel desde o ataque deste sábado 7.

O chanceler Olaf Scholz afirmou que Israel tem o direito “de proteger seus cidadãos e perseguir os agressores”.

A Áustria também anunciou suspensão de novos repasses financeiros à Palestina.

“Vamos suspender todos os pagamentos de ajuda ao desenvolvimento por enquanto”, disse o ministro das Relações Exteriores austríaco, Alexander Schallenberg, à rádio Ö1.