A União Europeia (UE) vai recuar sobre um projeto que tinha o objetivo de reduzir o uso de defensivos agrícolas pela metade no bloco, depois que fazendeiros fizeram manifestações em diversos países.
A decisão foi anunciada nesta terça-feira, 6, por Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, em um discurso no Parlamento Europeu. A UE é uma união econômica e política de 27 Estados-membros independentes.
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A UE queria reduzir o uso de defensivos agrícolas no bloco até 2030, como parte do projeto Regulação para Uso Sustentável, que se tornou alvo de diversos protestos pela Europa desde que foi proposto.
Os fazendeiros argumentam que os planos da União Europeia para uma economia verde não estão levando em conta o setor, segundo o jornal Valor Econômico.
Parlamentares da União Europeia temem que setor do agro vote em candidatos de direita nas eleições de junho
A decisão de recuar no corte de defensivos agrícolas não é a única da UE em relação às novas políticas ambientais
A União Europeia também desistiu de um projeto que estabelecia uma meta de redução de 30% nas emissões de metano, nitrogênio e outros gases ligados ao agronegócio.
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Em toda a Europa, as medidas de transição verde que restringem a produção estão recebendo críticas.
A UE agora reverte as decisões para tentar agradar aos fazendeiros. As autoridades europeias também temem que os agricultores se rebelem contra os parlamentares e votem em candidatos de direita nas próximas eleições, que acontecem em junho.
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Lá como aqui os progressistas insistem na narrativa de que o agro é o vilão da história, com desmatamentos e uso indiscriminado de defensivos agricolas. Mas não abrem mão de 4 refeições fartas ao dia, negando-se a dar publicidade que sem o setor agropecuário isso seria impossivel.