A União Química espera produzir, até o fim deste ano, 100 milhões de doses da vacina contra a covid-19 Sputnik V. A estimativa foi anunciada pelo diretor científico da empresa, Miguel Giudicissi Filho, em entrevista concedida ao Jornal da Manhã, da rádio Jovem Pan, neste sábado, 27. Segundo ele, o problema que impede a rápida vacinação em massa no país é a falta de imunizantes. Por isso, Giudicissi Filho defende a aquisição, pelo Brasil, de todas as vacinas disponíveis no mercado mundial. “O grande segredo é ‘colocar’ vacina na população. Se imunizar as pessoas, interrompe a pandemia. Todas as formas de conseguir vacina devem ser utilizadas”, afirmou.
A respeito do uso e produção da Sputnik V, a União Química aguarda a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso emergencial do imunizante no país. A documentação que pede a liberação da vacina russa foi entregue ontem, sexta-feira 26, à agência reguladora. Segundo Giudicissi Filho, a dificuldade de entendimento dos russos, responsáveis pelo desenvolvimento do composto, causaram dúvidas quanto à idoneidade da documentação, o que atrasou a entrega das informações solicitadas pela Anvisa. “Com ajuda da agência reguladora brasileira, que foi bastante criteriosa e técnica com relação às solicitações, conseguimos juntar as documentos. Esperamos que seja eficiente para utilização do uso emergencial”, concluiu.
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