De acordo com a Agência Europeia de Medicamentos (na sigla em inglês, EMA), a vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com o laboratório AstraZeneca tem benefícios que “superam o risco de efeitos colaterais”. O comunicado foi emitido pela agência vinculada à União Europeia nesta segunda-feira, 15. A nota veio a público depois que alguns países do bloco suspenderam a vacinação com o imunizante para verificar se seu uso está relacionado com a formação de coágulos sanguíneos.
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“Muitos milhares de pessoas desenvolvem coágulos sanguíneos anualmente na UE por diferentes razões. O número geral de eventos tromboembólicos em pessoas vacinadas não parece ser maior do que o observado na população em geral”, revela o documento emitido pela EMA. “Os benefícios da vacina AstraZeneca na prevenção de covid-19, com seu risco associado de hospitalização e morte, superam os riscos de efeitos colaterais.”
A suspensão da vacina em alguns países europeus
Na semana passada, a Holanda interrompeu a utilização da vacina depois da constatação de coágulos em seis pacientes que utilizaram o imunizante na Dinamarca e na Noruega — posteriormente, as duas nações também adotaram a suspensão. Entretanto, a autoridade de medicamentos holandesa enfatizou que não havia nenhuma ligação comprovada entre os casos e o fármaco.
No domingo, a AstraZeneca garantiu que a “revisão cuidadosa com os dados de segurança de 17 milhões de pessoas vacinadas” no continente europeu revelou não existir “nenhuma evidência de aumento do risco de coágulos sanguíneos”. Ainda assim, a lista de países com o uso interrompido do produto ganhou a adesão de Alemanha, Áustria, Espanha, Estônia, França, Itália, Irlanda, Letônia e Luxemburgo.
Entregas em atraso
A AstraZeneca não tem conseguido cumprir os prazos das entregas da vacina acordados com o bloco europeu. Diante das dificuldades, a empresa decidiu usar seus locais de produção em outros continentes para suprir a demanda europeia — antes do fim do primeiro semestre, a fabricante pretende entregar 100 milhões de doses do imunizante à UE.