Um vazamento em massa de imagens ajudou o mundo a conhecer nesta terça-feira, 24, como funciona um campo de detenção na China. O material hackeado dos sistemas da polícia da região de Xinjiang caiu nas mãos da rede britânica BBC no começo do ano.
O grupo de comunicação então levou meses para cruzar informações e checar a veracidade do conteúdo, com ajuda de um consórcio de 14 grupos de mídia de 11 países diferentes.
As imagens vazadas retratam um campo de detenção que confina cidadãos uigures, etnia de maioria muçulmana, com população estimada em 12 milhões de pessoas e língua parecida com o turco. A maior parte do contingente de uigures reside no noroeste chinês, na região de Xinjiang, a maior do país. A truculência do governo da China estaria fundamentada num potencial separatista do grupo.
A divulgação da reportagem acontece durante a visita à China da comissária de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), a ex-presidente chilena Michelle Bachelet. O roteiro está sendo duramente criticado, porque vai seguir somente pontos estipulados pelo regime chinês.
A alegação do governo é que os campos de reeducação construídos em Xinjiang desde 2017 nada mais são do que ‘escolas’. A versão é contrariada por arquivos com instruções internas da polícia e imagens nunca antes vistas de detidos.
Prisões denotam perseguição religiosa
Todas as imagens que chegaram à BBC contêm metadados nos arquivos, com informações sobre os presos, a estrutura das instalações e a atividade policial local. O material se refere aos anos de 2017 e 2018. Depois disso, uma regra local proibiu os registros internos.
Detainee photos and ‘shoot-to-kill’ policy revealed in China hackhttps://t.co/JTnXjiPuuI
— BBC News (World) (@BBCWorld) May 24, 2022
Segundo a BBC, o vazamento também contou com um conjunto de 452 planilhas, repletas de nomes e identificação de centenas de uigures — com dados que comprovam pelo menos 2.884 detenções. Os arquivos detalham os motivos de cada prisão, com razões que parecem banais em várias partes do mundo, incluindo penas retroativas.
Um dos exemplos da reportagem fala de um homem que foi preso por dez anos em 2017 porque “estudou as escrituras islâmicas com a sua avó por alguns dias em 2010”. Algumas prisões foram justificadas em razão de viagens a países com maioria muçulmana.
Centenas de detenções foram justificadas por consumo de “conteúdos ilegais” por meio da internet. Outras soam mais absurdas, de pessoas que não usaram suficientemente os dados de celulares, o que poderia indicar tentativa de contornar o monitoramento por parte do governo.
O controle digital é uma parte importante da repressão do governo chinês, que faz uma série de serviços e funcionalidades passar por códigos QR de identificação pessoal. Desta forma, as autoridades conseguem rastrear praticamente toda a atividade de um cidadão, como compras e circulação.
Atirar para matar
Segundo a reportagem, um conjunto de protocolos da polícia descreve a rotina de policiais armados em todas as áreas dos acampamentos. A organização inclui o posicionamento de metralhadoras e rifles de precisão nas torres de vigia e a existência de uma política de “atirar para matar” para quem tenta escapar.
As planilhas obtidas pela BBC não oferecem detalhes sobre as crianças cujos pais foram detidos. É provável que os menores estejam sob cuidados de um sistema de internatos estatais construídos ao lado dos campos de concentração.
Leia também: A insanidade da ‘covid zero’ na China, reportagem de Cristyan Costa na Edição 112 da Revista Oeste.
A ONU virou um antro de esquerdopatas, principalmente os ditos direitos dos “manos”, deveriam proibir essa esquerdopata bachelet de entrar no Brasil, vá visitar ,Cuba , Venezuela, Argentina, Nicarágua, Coreia do Norte. xô cambada de esquerdopatas.🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷
Com o apoio dos direitos humanos da ONU!
Esse é o regime que o nove dedos quer implantar no Brasil, conjuntamente com a corja do stf. Aqui não jaguaras. Aqui a liberdade é prioridade e vamos pra guerra se for preciso.
O regime dos sonhos de 11 em cada 10 petistas.
Esse regime chinês tem que ser combatido em todas as frentes. Gente ordinária, ditadores assassinos.
O larápio de 9 dedos em seus discursos sempre elogia o partido comunista chinês e o regime implantado, este é o seu sonho de consumo para implantar no Brasil.