O presidente do Chile, Gabriel Boric, criticou a decisão do Supremo Tribunal de Justiça (TSJ) da Venezuela que validou a vitória do ditador Nicolás Maduro nas eleições presidenciais nesta quinta-feira, 22.
“Hoje o TSJ da Venezuela termina de consolidar a fraude”, escreveu Boric no Twitter/X. “O regime de Maduro obviamente acolhe com entusiasmo a sua sentença, que será marcada pela infâmia.”
“Não há dúvida de que estamos perante uma ditadura que falsifica eleições, reprime quem pensa diferente e é indiferente ao maior exílio do mundo só comparável a esse de ‘produto sírio de uma guerra'”, acrescentou o presidente.
Hoy el TSJ de Venezuela termina de consolidar el fraude. El régimen de Maduro obviamente acoge con entusiasmo su sentencia que estará signada por la infamia. No hay duda que estamos frente a una dictadura que falsea elecciones, reprime al que piensa distinto y es indiferente ante…
— Gabriel Boric Font (@GabrielBoric) August 22, 2024
Boric afirmou que o governo de Maduro falsifica eleições, reprime opositores e é indiferente ao êxodo massivo de venezuelanos, comparável apenas ao êxodo sírio durante a guerra.
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“Vi nos olhos de milhares de venezuelanos que exigem democracia em sua pátria e que hoje recebem uma nova batida de porta”, afirmou. “O Chile não reconhece este falso triunfo autoproclamado de Maduro e companhia.”
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Boric diz que Venezuela não vive ditadura de esquerda
Para Boric, porém, a ditadura de Maduro não é de esquerda. “Uma esquerda continental profundamente democrática que respeite os direitos humanos independentemente da cor da pessoa que os viola é possível e necessária”, escreveu.
“Um progressismo transformador que melhora as condições de vida do seu povo através da construção da comunidade em vez do individualismo, sobre a polarização”, adicionou. “Caminhamos até lá no Chile.”
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