A informação é de um deputado da oposição ao governo do ditador Nicolás Maduro

Sete pessoas ficaram feridas em um protesto por comida nesta quarta-feira, 22, na Venezuela.
A informação foi dada pelo deputado da oposição Robert Alcala à agência de notícias France-Presse.
Cerca de 300 manifestantes se reuniram em Cumanacoa, no estado de Sucre, a 450 quilômetros de Caracas, e o atraso na abertura de lojas causou “desespero” e tumultos.
O parlamentar disse que duas pessoas foram baleadas “supostamente” por membros da Guarda Nacional. Ele também disse que seis lojas foram saqueadas.
Segundo a Provea, ONG de defesa dos direitos humanos, os venezuelanos protestavam “contra o alto custo de vida e a escassez de gasolina”, agravados pela crise do novo coronavírus.
“Fui fazer compras e vi que muitas pessoas saíram às ruas para saquear … Não é possível ficar em quarentena, passando necessidade”, disse à AFP Domingo Sánchez, técnico em telefonia celular que foi detido no tumulto.
Desde março, o país segue uma quarentena imposta pelas forças de segurança para impedir a disseminação do coronavírus em um país já afetado por hiperinflação e colapso dos serviços públicos.
“Nem sequer temos gás. Não temos água, não temos comida… Não há gasolina”, disse Freddy Mago, agricultor que se uniu ao protesto.
Autoridades não se pronunciaram sobre o caso.
O episódio revela a situação de pobreza enfrentada pelo povo da Venezuela sob o regime ditatorial de Nicolás Maduro.