O Hezbollah lançou cerca de 200 mísseis contra Israel, um dia depois de um ataque de Tel-Aviv matar um comandante sênior do grupo terrorista, no sul do país vizinho. A ação dos extremistas islâmicos ocorreu nesta quarta-feira, 12.
Segundo as Forças de Defesa de Israel, a maioria dos projéteis caiu em terrenos baldios no norte do país e provocou incêndios, mas outros foram interceptados. Não há relatos iniciais de vítimas.
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O Hezbollah, por sua vez, anunciou ter disparado “vários foguetes” contra três bases militares israelenses — e um deles teria atingido uma fábrica militar, segundo o grupo extremista. O ataque foi uma retaliação pela morte de Taleb Sami Abdallah, conhecido como Abu Taleb, na vila de Jouaiyya, na noite anterior. Israel e três funcionários do Líbano confirmaram que o ataque matou Abu Taleb e mais três combatentes do Hezbollah.
Veja o vídeo abaixo dos ataques do Hezbollah
Durante um cortejo em Beirute, um funcionário do alto escalão do Hezbollah, Hashem Safieddine, prometeu intensificar as operações contra Israel.
“Se o inimigo está gritando e gemendo sobre o que aconteceu com ele no norte da Palestina, que ele se prepare para chorar e lamentar”, afirmou Safieddine.
Um funcionário de segurança libanês informou que o Hezbollah disparou mais de cem foguetes em resposta à morte de Abu Taleb, uma das maiores salvas desde o início das hostilidades.
Terroristas tentam aniquilar Israel
Desde o início do conflito entre Israel e Hamas em outubro, a fronteira entre Israel e Líbano tem sido palco de hostilidades frequentes. A morte de Abu Taleb, o militar de mais alta patente do Hezbollah eliminado por Israel nos últimos oito meses, pode elevar ainda mais a tensão.
Pelo menos 467 pessoas morreram no Líbano desde o início da guerra em Gaza, incluindo quase 90 civis, segundo a agência de notícias AFP. Em Israel, pelo menos 15 soldados e 11 civis morreram.
A escalada das tensões no início do mês resultou em um incêndio de 15 quilômetros quadrados no norte de Israel, depois de foguetes disparados do Líbano. Cerca de 70 mil pessoas foram evacuadas.
O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, afirmou que Israel estava preparado “para uma ação muito poderosa no norte” e convocou 350 mil reservistas.
Em 4 de junho, as Forças de Defesa de Israel mataram outro comandante do Hezbollah em Naqoura. Quatro dias antes, um bombardeio em Saddikine, atribuído a Israel, feriu a brasileira Fatima Boustani e seus dois filhos. Boustani foi internada em estado grave, mas transferida para Beirute depois de evolução clínica.