Durante uma operação militar no sul do Líbano, as Forças de Defesa de Israel (FDI) encontraram uma vasta quantidade de armas de fabricação russa em posse do grupo terrorista Hezbollah. A descoberta do arsenal confirma as suspeitas dos militares israelenses sobre o fortalecimento da organização libanesa com armamento moderno com o selo do Kremlin.
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Entre as armas que o Exército encontrou estão mísseis antitanque Kornet, fabricados em 2020. Eles representam um aumento significativo do poder de fogo do Hezbollah. As autoridades israelenses expressaram preocupação quanto ao possível aprofundamento das relações entre a Rússia e o Hezbollah, que já recebe financiamento do Irã.
Antes dessa descoberta, acreditava-se que o armamento do grupo era menos sofisticado, até mesmo remanescente da era soviética. Agora, Israel constatou que, além de modernas, as armas são em maior quantidade do que previam analistas militares.
Veja neste vídeo parte do armamento que as tropas israelenses encontraram e desmantelaram na aldeia de Kfarkela, um dos principais redutos do Hezbollah no sul do Líbano:
🔎 LOOK at what our troops found and dismantled in the village of Kfarkela—one of Hezbollah’s main strongholds in southern Lebanon: pic.twitter.com/dIddkbPYIj
— Israel Defense Forces (@IDF) October 28, 2024
Israel avalia escalada da capacidade de combate do Hezbollah
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa’ar, destacou a importância de a Rússia ajudar a evitar o rearmamento do Hezbollah. Ele afirmou que “o princípio de que o grupo não será capaz de se armar novamente é vital para o sucesso de qualquer acordo no Líbano”.
De acordo com informações do Wall Street Journal (WSJ), há relatos de que a Rússia fornece apoio logístico e militar a grupos terroristas, como o Houthi, no Iêmen. Além disso, a cooperação entre Rússia e Irã está mais firme.
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Os iranianos já tinham enviado drones e mísseis balísticos para uso russo na guerra na Ucrânia. Segundo o jornal norte-americano, agora o Hezbollah usa esses mesmos drones para atacar Israel.
Colaboração militar na Síria
O envolvimento do governo de Vladimir Putin com a Síria, que aumentou desde 2011, durante a guerra civil, ajudou a fortalecer essas relações com o Hezbollah. Desde 2015, forças russas têm lutado ao lado da organização xiita para apoiar o presidente sírio Bashar al-Assad.
Essa colaboração facilitou o acesso do Hezbollah a armamentos sofisticados armazenados em território sírio. As armas identificadas por Israel possuem marcas que indicam seu envio da Rússia ao Ministério da Defesa da Síria.
Repercussões para a política externa de Israel
A descoberta do armamento reacendeu o debate sobre a política externa de Israel em relação à Rússia. O governo israelense adotou uma posição neutra na guerra entre Rússia e Ucrânia, uma estratégia que analistas dizem ser motivada pelo desejo de não irritar Moscou. Agora, contudo, há crescente pressão para o país reavaliar essa postura.
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