Um míssil disparado pela Rússia caiu a menos de 200 metros do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e do primeiro-ministro da Grécia, Kyriakos Mitsotakis, em Odessa, no sul ucraniano. O ataque aconteceu nesta quarta-feira, 6, e deixou cinco mortos.
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De acordo com o presidente ucraniano, os russos atingiram o porto da cidade, próximo ao local onde ele estava. Zelensky conta que ouviu e viu o ataque do projétil, que caiu a cerca de 200 metros de distância dos carros onde estava com o premiê grego.
“Vimos este ataque de hoje”, disse o presidente da Ucrânia durante entrevista coletiva. “Você pode ver com quem estamos lidando, eles não se importam onde atacam. Sei que houve vítimas hoje, ainda não conheço todos os detalhes, mas sei que há mortos e feridos.”
Mitsotakis, que também participou da coletiva, comentou o bombardeiro. “Mesmo no fim [da visita ao Porto de Odessa], ouvimos o som de sirenes de ataques aéreos e explosões muito próximas de nós”, disse o primeiro-ministro da Grécia. “Não tivemos tempo para nos abrigar.”
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O premiê reforçou os laços entre as populações da Ucrânia e da Grécia e desejou suas “sinceras condolências pelo hediondo atentado à bomba de 2 de março contra complexos urbanos aqui em Odessa”. Ele se referiu aos ataques de drones russos que mataram sete pessoas na cidade.
Grécia apoia a Ucrânia na guerra
Além disso, o primeiro-ministro lembrou que a Grécia é integrante da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e que segue apoiando os ucranianos no conflito contra a Rússia.
A União Europeia também emitiu um comunicado em que condena o ataque ao porto, que causou cinco mortes.
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Moscou confirmou que atingiu um hangar do Porto de Odessa que abrigava drones navais ucranianos. “O objetivo foi alcançado”, disse o Ministério de Defesa da Rússia. “O alvo foi atingido”.
O porto é essencial para as exportações ucranianas de cereais pelo Mar Negro. Além de visitarem o porto, os líderes da Ucrânia e da Grécia foram até uma zona residencial da cidade, onde participaram de uma homenagem às 12 pessoas, incluindo cinco crianças, que morreram por causa de um ataque russo.