Vídeo: multidão recebe líder rebelde de grupo que depôs Assad na Síria

Líder do grupo rebelde islâmico Hayat Tahrir al-Sham (HTS), Abu Mohammed al-Jawlani fez uma aparição pública na Mesquita de Omíadas, em Damasco, na Síria, neste domingo, 8, depois de depor o regime do ditador Bashar al-Assad.

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A Mesquita de Omíadas é um patrimônio mundial da Unesco e um dos locais mais sagrados para os muçulmanos. Jawlani discursou enquanto a multidão gritava Allahu akbar (Deus é grande), conforme vídeo dos rebeldes nas redes sociais.

O evento ocorreu depois de o HTS anunciar a captura da capital síria — um ponto crucial na ofensiva contra o regime de Assad. Depois de uma rápida e eficaz campanha militar de menos de duas semanas, as forças rebeldes entraram em Damasco sem enfrentar resistência significativa.

زبان پر اللہ کی حمد و ثنا، شامی انقلاب اور آزادی کو اللہ کا فضل و کرم اور شہداء کی قربانیوں کا نتیجہ قرار دیا۔۔۔۔۔

دمشق کی جامع اموی مسجد میں کمانڈر انچیف ابو محمد احمد الشرع الجولانی کا عوام سے خطاب!! pic.twitter.com/ndrNGPZal9

— Sajid Hussain (@SajidHu78949570) December 8, 2024

Relatos sugerem que centenas de pessoas foram às ruas celebrar a queda do regime com gritos de liberdade.

A conquista dos rebeldes na Síria

A conquista dos rebeldes veio depois de marcha sobre Aleppo, a segunda maior cidade da Síria. Moscou afirma que Bashar al-Assad está na Rússia, sua aliada, enquanto o primeiro-ministro Mohammad Ghazi al-Jalali anunciou disposição para dialogar com os novos líderes rebeldes.

A capital viveu momentos de tensão com ataques a propriedades do antigo regime. A residência da família Assad foi quase destruída por saqueadores, e houve relatos de ataques à Embaixada do Irã e à residência do embaixador da Itália.

Proclamação rebelde na TV

Na televisão pública, os rebeldes proclamaram a queda do “tirano” Assad e a “libertação” de Damasco e convidaram os sírios que fugiram para retornarem a uma “Síria livre”.

O líder do HTS, Jawlani, tem uma abordagem pragmática e emite decretos para proteger cristãos e xiitas. Há relatos de ordens para evitar retaliações, em contraste com práticas do Estado Islâmico, por exemplo.

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Apesar dessa promessa de tolerância, alguns analistas permanecem céticos quanto à sua implementação a longo prazo. Num conflito sírio que persiste há anos, a captura de Damasco mostra a volatilidade política no país do Oriente Médio.