País de origem do coronavírus volta a registrar casos da doença
Apesar de ter sido publicamente elogiada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no último mês, a China parece não ser um bom exemplo no combate à covid-19. Cidades do país apresentam, agora, novos casos da doença. Somente nos últimos cinco dias, Pequim, a capital, registrou mais de 100 casos do vírus chinês.
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Sem declarar novos casos de covid-19 no decorrer de dois meses, a situação, contudo, mudou em Pequim na última quinta-feira, 11 de junho. O número foi subindo dia após dia até chegar a 106 ontem, informa a agência de notícias NHK.
De acordo com a agência japonesa, o novo surto do vírus chinês em Pequim estaria ligado ao que é definido como um “grande mercado de alimentos por atacado”. Dessa forma, o estabelecimento foi fechado. Posteriormente, autoridades locais começaram a providenciar a testagem de aproximadamente 200 mil pessoas que passaram pelo local desde o fim de maio.
Além de Pequim
A capital não é a única cidade do país comunista a registrar novos casos. A província de Hebei apresentou, por exemplo, quatro novos casos de covid-19 nos últimos dias. Sichuan, por sua vez, anunciou um novo caso. Com isso, serviços de transporte entre as regiões estão comprometidos.
Com o temor de novos surtos, Pequim e outras localidades estão adotando medidas restritivas. De acordo com a agência Reuters, alguns bairros da capital da China suspenderam aulas e proibiram festas de casamento. Maior cidade chinesa, Xangai informou que viajantes vindos da capital e de outras localidades com “risco médio ou alto” de covid-19 terão de cumprir 14 dias de confinamento.
O que diz a OMS
Mesmo diante do novo avanço do coronavírus, a OMS evitou, contudo, criticar o governo comunista. A entidade avisou, segundo a NHK, que há “desafios no controle do vírus em uma cidade grande como Pequim”. Por fim, a OMS informou que está refletindo sobre fortalecer seu escritório na China.
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