Viktor Orbán, primeiro-ministro húngaro, visitou Vladimir Putin em Moscou, nesta sexta-feira, 5, o que causou desconforto entre os líderes europeus. As conversas giraram em torno da guerra da Ucrânia, iniciada em 2022, com Putin se dizendo disposto a discutir propostas de paz.
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A visita gerou críticas de Ursula von der Leyen e Josep Borrel, presidente e vice-presidente da Comissão Europeia, nas redes sociais, especialmente porque Orbán não tinha mandato do Conselho Europeu para visitar Moscou. Antes da capital russa, Orbán havia se reunido com Putin em Pequim.
Orbán é frequentemente considerado autocrático.
Visita de Orban a Pùtin gera críticas de vários países da Europa
A visita gerou reações de outros líderes europeus e da Ucrânia, sendo vista como um movimento bilateral entre Hungria e Rússia. Jens Stoltenberg, secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), foi notificado da visita.
Segundo a Reuters, um diplomata da União Europeia (UE) considerou que a decisão de Orbán de se encontrar com Putin serviu para encerrar a presidência húngara da UE, que durará até 31 de dezembro, antes mesmo de ela ter começado realmente.
“O ceticismo dos Estados membros da UE foi infelizmente justificado, trata-se de promover os interesses de Budapeste”, disse o diplomata, que pediu anonimato por causa de sensibilidades políticas.
Outro crítico da postura de Orbán foi o presidente lituano, Gitanas Nauseda. No Twitter/X, ele acusou o líder húngaro de minar a presidência da UE.
“Se você realmente busca a paz, você não aperta a mão de um ditador sangrento, você coloca todos os seus esforços para apoiar a Ucrânia.”
Antes de ir a Moscou, Orbán visitou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. As discussões de paz estão em impasse devido às condições estabelecidas por Putin e Zelensky.
Recep Tayyip Erdogan, presidente da Turquia, se ofereceu para ser o mediador desse impasse, iniciado com a invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022.
Próximas visitas e reuniões relacionadas ao conflito estão sendo planejadas.