De acordo com o Kremlin, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, visitará a Coreia do Norte em uma viagem de dois dias a partir de terça-feira, 17. Esta é a primeira viagem de Putin ao país em mais de 20 anos, o que ressalta o aprofundamento das relações entre Moscou e Pyongyang.
A visita ao exterior é incomum para Putin desde o início da invasão russa da Ucrânia em 2022. Para Kim Jong-un, líder norte-coreano, é um momento significativo, já que Pyongyang não recebeu outros líderes mundiais desde a pandemia de covid-19.
A visita deve fortalecer ainda mais a parceria entre as duas nações, unidas por uma animosidade comum em relação ao Ocidente. A aliança é crucial para Putin, que busca apoio em sua contínua guerra contra a Ucrânia.
Os Estados Unidos, a Coreia do Sul e outros países acusam a Coreia do Norte de fornecer ajuda militar substancial à Rússia nos últimos meses. Observadores temem que Moscou esteja violando sanções internacionais para auxiliar Pyongyang no desenvolvimento de seu programa de satélites militares.
Ambos os países negam que a Coreia do Norte esteja exportando armas para a Rússia.
Ucrânia rejeitou condições de cessar-fogo de Putin
O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia rejeitou as condições de cessar-fogo anunciadas pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, na sexta-feira 14. Em comunicado, o órgão disse que as exigências feitas para o fim da guerra são “absurdas”.
Ainda segundo a pasta, o presidente da Rússia estaria utilizando de seu poder para tentar “enganar” as potências mundiais e, dessa forma, minar esforços diplomáticos de paz com a Ucrânia.
“A tentativa de Putin, que planejou e executou juntamente com seus cúmplices a maior agressão armada na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, de se apresentar como pacificador e apresentar opções para acabar com a guerra, que minam a ordem jurídica internacional e a Carta das Nações Unidas, é absurda”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia.
O plano do líder da Rússia de cessar-fogo foi anunciado durante reunião. Vladimir Putin exigiu a retirada de forças ucranianas de Donetsk, Kherson, Lugansk e Zaporizhzhia, territórios anexados legalmente a Moscou em 2022, além do reconhecimento da Crimeia pela Ucrânia como parte da Rússia.
Além disso, Putin determinou que Kiev abandone os planos de adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) — um dos principais motivos que levou o presidente da Rússia à guerra.
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