Fundador da Timeline, o jornalista Luís Ernesto Lacombe se manifestou, nesta terça-feira, 28, depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) censurar a revista digital para usuários do Twitter/X no Brasil.
“Apenas três meses depois de sua criação, a revista Timeline entrou na alça de mira do STF”, observou Lacombe, em nota obtida pela coluna. “Ontem à noite, recebemos um aviso do X informando que a nossa conta na rede social tinha sido bloqueada.” Além de Lacombe, escrevem para o veículo os jornalistas Allan dos Santos e Max Cardoso. Santos é investigado no inquérito das fake news conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes.
Conforme o anúncio, a medida havia sido determinada pelo STF no âmbito de um processo em trâmite na Corte. “Nós não podemos fornecer informações adicionais sobre o processo, nem dar conselho legal sobre como você pode proceder”, comunicou a big tech. De acordo com Lacombe, ele e sua equipe também descobriram a suspensão da revista em outras plataformas, como YouTube e Instagram. “Hoje de manhã, sem qualquer tipo de aviso, de notificação da Meta, descobrimos que as duas contas da Timeline no Instagram também já não estavam mais disponíveis no Brasil”, disse o jornalista.
Ainda segundo Lacombe, a censura se estendeu ao YouTube.
“Durante o programa Conversa Timeline, transmissão ao vivo que fazemos de segunda a sexta, de meio-dia às 14h, chegou notificação do YouTube, em inglês”, revelou Lacombe. “O texto traduzido: ‘Oi, Luís Ernesto Lacombe Heilborn. Gostaríamos de informar que recebemos uma reclamação legal sobre sua conta do YouTube. Após análise, seu canal foi bloqueado no (s) site (s) do (s) país (es) listado (s) abaixo: Brasil’.”
Segundo Lacombe, ele não faz ideia de quem tenha provocado os bloqueios. “Sei que a Constituição brasileira proíbe a censura”, constatou o jornalista, ao mencionar análises da advogada Érica Gorda e do jurista André Marsiglia, que saíram em defesa da revista.
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Para Georges Humbert as redes sociais são meio de felicidade e democracia. Elas amplificaram as vozes das pessoas e são fontes para a imprensa. As redes sociais são também daqueles que não têm grandes expressão, mas, que conseguem opinar sobre os grandes temas do país. O povo com celular â mão devassa o que lhe ocultam e tramam, que lhe sonegam, ou roubam. Por elas percebe onde andam os corruptos, o que dizem e o que fazem. O que os governantes gastam e para onde viajam. “Celso de Mello, sempre sustentou que “(…) nada mais nocivo, nada mais perigoso do que a pretensão do Estado de regular a liberdade de expressão, pois o pensamento há de ser livre – permanentemente livre, essencialmente livre, sempre livre”.