O ato político do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em memória das manifestações de 8 de janeiro de 2023, não contou com os presidentes dos Três Poderes: Luís Roberto Barroso (Supremo Tribunal Federal), Rodrigo Pacheco (Senado) e Arthur Lira (Câmara).
Em nota divulgada à imprensa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) justificou sua ausência por conta de uma viagem ao exterior. Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), primeiro vice-presidente da Casa, representou o Senado na cerimônia.
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“Em razão de viagem ao exterior, programada anteriormente, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, não poderá participar dos eventos programados para a próxima quarta-feira, em Brasília, em lembrança aos dois anos do 8 de Janeiro. O senador Veneziano Vital do Rêgo, primeiro vice-presidente da Casa, representará o Senado nas cerimônias”, informou.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), também não compareceu ao evento de Lula em decorrência da internação de seu pai, o prefeito de Barra de São Miguel, em Alagoas, Benedito de Lira.
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Benedito de Lira, mais conhecido como Biu de Lira, está internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) de um hospital em Alagoas. O motivo da internação do prefeito de 82 anos não foi divulgado.
Já Barroso está fora do Brasil, de férias. De 1° de janeiro até 19 deste mês, o ministro Edson Fachin é o presidente em exercício da Suprema Corte. O magistrado compareceu aos atos políticos da gestão petista.
Barroso envia carta para ato político
Na cerimônia em memória do 8 de janeiro de 2023, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, enviou uma carta que foi lida pelo ministro Edson Fachin. No texto, o magistrado disse ser “falsa” a narrativa que o combate ao “extremismo” seja apoiado por “medidas autoritárias”.
“Não devemos ter ilusões: no Brasil e no mundo está sendo insuflada a narrativa falsa de que enfrentar o extremismo e o golpismo, dentro do Estado de direito, constituiria autoritarismo”, afirmou Barroso. “É o disfarce dos que não desistiram das aventuras antidemocráticas, com violação das regras do jogo e supressão de direitos humanos. A mentira continua a ser utilizada como instrumento político naturalizado.”
Pacheco parabeniza Lula
O presidente Pacheco parabenizou Lula, o governo federal e “todas as instituições” pelos atos políticos desta quarta-feira, 8. O parlamentar afirmou que as “cerimônias reforçam a vigília em defesa do regime que considero ser o mais justo e equânime na representatividade popular e social”.
“Passados dois anos dos ataques criminosos contra os prédios dos Três Poderes e a nossa democracia, em Brasília, o país reafirma, neste 8 de janeiro, preceitos fundamentais que forjaram a nossa sociedade. E o principal deles diz respeito às liberdades. E não há liberdade verdadeira, responsável e plena fora do regime democrático”, declarou.
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A estória pode ser repetida infinitamente, mas nem sequer um jegue vai acreditar que um golpe de Estado perpetrado exclusivamente em 0,31% do território nacional (Praça dos Três Poderes – 26.400 km² x 8.515.767,049 km² do Brasil) seja, de fato, um golpe de Estado. Você acredita?
Políticos matreiros que são, preferem não se associar ao fracasso. Como quem não quer nada, vão largando a mão de nove dedos.