Convocado para depôr na terça-feira 19 na CPMI do 8 de Janeiro, o general Walter Souza Braga Netto deve comparecer à oitiva. Interlocutores do ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, que foram ouvidos pela coluna, afirmam que ele pretende, inclusive, responder a todos os questionamentos feitos pelos membros do colegiado.
O general, que foi candidato à vice-presidência nas eleições de 2022 na chapa do ex-presidente Jair Bolsonaro, porém, ainda estuda pedir ao Supremo Tribunal Federal um habeas corpus para ter o direito de ficar em silêncio assegurado, caso opte por não responder alguma pergunta.
Braga Netto é alvo de três requerimentos de convocação no colegiado. Nas solicitações, os parlamentares mencionam que ele tinha “muita influência” sobre as tropas do Exército. Além disso, que ele “contestou a lisura” do sistema eleitoral brasileiro, “defendendo” a ideia de que, sem uma auditoria de votos impressos, não poderia haver eleições no Brasil.
“Após a derrota nas eleições presidenciais de 2022 e depois de fazer uma visita ao ex presidente, o general Braga Netto se dirigiu aos manifestantes e pediu que não perdessem a fé”, argumenta um dos requerimentos. “A fala do ex-ministro foi compreendida pela militância como uma mensagem implícita de que algo estaria sendo feito para a reversão do resultado das eleições.”
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Vontade de escrever, mas tô que nem a advogada.