A Comissão de Segurança Pública aprovou, nesta terça-feira, 4, um convite para a líder da oposição venezuelana, ex-deputada federal María Corina, debater a situação do Estado Democrático de Direito e das liberdades e garantias individuais na ditadura da Venezuela.
De autoria do senador Sergio Moro (União Brasil-PR), o requerimento destaca que, segundo o relatório da ONU, agências de inteligência têm atuado para reprimir forças políticas e sociais dissidentes por meio de práticas de crimes contra a humanidade.
Conforme Moro, esses atos causariam reflexos na segurança pública do país vizinho e, consequentemente, do Brasil. A participação de María na comissão ocorrerá por videoconferência e está prevista para agosto, depois do recesso parlamentar.
Na semana passada, a ditadura de Nicolás Maduro — aliado do presidente Lula –, declarou María inelegível. Ela não poderá concorrer a cargos públicos por 15 anos. De acordo com Moro, o governo Lula estava agindo nos bastidores para “barrar a oitiva de María”.
Tais ações do governo da Venezuela não constrangem o governo brasileiro. Na quinta-feira 29, por exemplo, Lula relativizou o conceito de “democracia” para defender a ditadura venezuelana.
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