A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Apostas pretende chamar testemunhas ou investigados para depôr nas audiências do colegiado. Presidida pelo deputado federal Júlio Arcoverde (PP-PI), a comissão deve apurar a manipulação de jogos de futebol para ganhos de apostadores.
A CPI das Apostas foi idealizada depois que uma investigação do Ministério Público de Goiás (MP-GO) deflagrou a Operação Penalidade Máxima, contra a manipulação de jogos na Série B do Campeonato Brasileiro de 2022. A Oeste, Arcoverde disse que, inicialmente, a comissão deve se debruçar na operação do MP-GO.
Na quinta-feira 18, os 34 membros titulares do colegiado se reuniram para discutir o plano de trabalho da CPI. A primeira reunião oficial da comissão está marcada para a terça-feira 23.
Entenda a operação que deu origem à CPI da Apostas
A investigação começou em novembro de 2022, a partir de uma denúncia do presidente do Vila Nova Futebol Clube, Hugo Jorge Bravo. O time goiano identificou a manipulação de três partidas da Série B do Campeonato Brasileiro.
Um dos envolvidos era o volante Romário, jogador do Vila Nova. Ele foi ameaçado depois de não cumprir um dos acordos que lhe renderia R$ 150 mil. A primeira fase da investigação foi deflagrada em 14 de fevereiro deste ano, quando foram cumpridos mandados de busca e apreensão, além de prisões temporárias.
A segunda fase da operação identificou a influência do grupo de manipulação em oito partidas da Série A do Campeonato Brasileiro. Nos 16 jogos investigados, as autoridades encontraram ao menos 23 supostas fraudes. Dos 16 réus, sete são jogadores de futebol e nove são apostadores.
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