A diretora da ONG Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), Ritaumaria Pereira, prestará depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o terceiro setor na floresta, na terça-feira 19. Além de Ritaumaria, a CPI vai ouvir Suzana Pádua, representante do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ).
Senadores da CPI querem entender o funcionamento do Imazon e do IPÊ, ONGs duramente criticadas em depoimentos anteriores dados à comissão. Conforme a CPI, há divergências na prestação de contas de cada ONG convidada à sessão de amanhã. Dessa forma, Ritaumaria e Suzana terão de dar explicações às interpelações dos congressistas.
Relatórios da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) aos quais Oeste teve acesso mostram que o Imazon recebe dinheiro norte-americano de grupos que discordam de obras de infraestrutura do governo federal na Amazônia. Conforme o documento da Abin, o Imazon monitora o bioma, por meio de satélites, a fim de mapear a região.
Sobre o IPÊ, o presidente da CPI das ONGs, Plínio Valério (PSDB-AM), afirma que a ONG atuou como condutora do processo de criação de unidades de conservação no Baixo Rio Negro, inclusive, como organizadora de outras ONGs na região. Sendo assim, Valério vê motivos para compreender os projetos desenvolvidos pelo IPÊ.
Diretor de ONG se recusa a informar à CPI quanto ganha por mês
O superintendente Virgílio Maurício Viana, da ONG Fundação Amazônia Sustentável (FAS), negou-se a divulgar o próprio salário, durante depoimento à CPI, na semana passada.
Viana, contudo, comprometeu-se a entregar seu contracheque à equipe técnica da CPI. Além disso, prometeu disponibilizar quanto a FAS gasta com diretores. Só com os 143 funcionários, foram R$ 13 milhões, em 2022, conforme documentos da CPI aos quais Oeste teve acesso.
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