O presidente da CPMI do 8 de Janeiro, deputado Arthur Maia (União Brasil-BA), aumentou, nesta terça-feira, 6, o número de sessões do colegiado. Inicialmente, os 32 membros se encontravam uma vez por semana. Agora devem se reunir duas vezes por semana. Maia ainda destacou que o número pode aumentar para três, caso o colegiado não dê conta do trabalho.
O que motivou o ato foi a alta quantidade de requerimentos que a CPMI recebeu. Até a publicação desta reportagem, o colegiado já havia recebido 825 requerimentos. Na próxima semana, a comissão deve deliberar 200 documentos que foram protocolados, a fim de dar celeridade à investigação.
Mais cedo, a comissão aprovou por 18 votos a 12 o plano de trabalho da CPMI. Apresentado pela relatora da comissão, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), o documento mira autores intelectuais e os eventos que antecederam os atos de depredação.
A oposição criticou o fato de o texto não enfatizar a investigação de possíveis omissões do governo. Eliziane, no entanto, disse que seu plano prevê a apuração de omissões.
Conforme o relatório, o ex-ministro Anderson Torres deve ser o primeiro a ser ouvido pelo colegiado. A convocação dele deve ser aprovada na próxima semana, ao lado de outros 60 requerimentos, protocolados pela relatora.
O general Gonçalves Dias, ex-ministro do GSI; o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro; Saulo Moura da Cunha, ex-diretor da Abin; e Jorge Eduardo Naime, coronel da Polícia Militar do Distrito Federal; também devem ser prioridade nas oitivas do colegiado.
A coluna No Ponto analisa e traz informações diárias sobre tudo o que acontece nos bastidores do poder no Brasil e que podem influenciar nos rumos da política e da economia. Para envio de sugestões de pautas e reportagens, entre em contato com a nossa equipe pelo e-mail [email protected].