Em meio a impasses sobre as últimas convocações na CPMI do 8 de Janeiro, a ala governista e a oposição tentam emplacar os nomes que consideram prioritários. Conforme apurou a coluna, restam ainda seis oitivas antes do fim do colegiado.
Desse total, quatro vão ser entregues ao governo e duas à oposição. Os governantes tentam sugerir nomes que possam estar relacionados à delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O militar fechou uma colaboração premiada com a Polícia Federal que, depois, foi chancelada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A base do governo também incluiu na lista de pedidos o acesso aos Relatórios de Inteligência Financeiros (Rifs) do ex-presidente de sua mulher, Michelle Bolsonaro.
Já a oposição tenta convocar nomes relacionados a Força Nacional de Segurança, que responde ao Ministério da Justiça.
A mesa da CPMI pretende fazer a última reunião deliberativa na terça-feira 26. Apesar de não ter um acordo firmado entre governo e oposição, o presidente do colegiado, deputado Arthur Maia (União Brasil-BA), pretende pautar as convocações em bloco.
O intuito dele é aprovar ou reprovar tudo de uma vez. Contudo, o governo já estuda destacar e aprovar apenas os requerimentos de interesse, pois possui maioria. A expectativa é que seja ouvido na próxima semana o general Braga Netto, ex-ministro do governo Bolsonaro.
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